de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 Como referenciar: FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2025. Disponível em: https://publicacoes.fo- rumseguranca.org.br/handle/123456789/279. Acesso em: Ficha catalográfica elaborada por Ione Maria Ferreira Rodrigues – CRB 8/9555 A636 Anuário Brasileiro de Segurança Pública / Fórum Brasileiro de Segurança Pública. – 1. 2006 - . – São Paulo: FBSP, 2025. 434 p.: il. Anual. Ano 19 (2025). ISSN: 1983-7364 1. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2. Segurança pública – Estatística – Brasil. 3. Violência – Estatística – Brasil. 4. Direitos e garantias individuais – Brasil. I. Fórum Brasileiro de Segurança Pública. CDD 303.6 https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/279 https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/279 Ano 19 - 2025 ISSN 1983-7364 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 EXPEDIENTE Conselho de Administração Juliana Lemes da Cruz – Presidente Elizabeth Leeds – Presidente de Honra Conselheiros Alan Fernandes Bartira Macedo de Miranda Cássio Thyone A. de Rosa Denice Santiago Edson Ramos Marlene Inês Spaniol Roberto Uchôa Daniel Cerqueira Arthur Trindade M. Costa Paula Ferreira Poncioni Juliana Lemes da Cruz Conselho Fiscal Lívio José Lima e Rocha Renato de Alcino Vieira Sandoval Bittencourt EQUIPE FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA Diretor Presidente Renato Sérgio de Lima Diretora Executiva Samira Bueno Coordenação de Projetos David Marques Coordenação Institucional Juliana Martins Supervisão do Núcleo de Dados Isabela Sobral Pesquisadores Seniores Aiala Couto Juliana Brandão Leonardo de Carvalho Manoela Miklos Rodrigo Chagas Assessor de relações internacionais Nívio Nascimento Equipe Técnica Beatriz Schroeder Cauê Martins Isabella Matosinhos Marina Bohnenberger Melissa Londres (Estagiária) Thais Carvalho Supervisão Administrativa e Financeira Débora Lopes Assistente de Diretoria Letícia Conceição Equipe Administrativa Antônia de Araújo Elaine Rosa Sueli Bueno Informação para gerar transformação de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 FICHA TÉCNICA ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2025 COORDENAÇÃO Samira Bueno Renato Sérgio de Lima ANÁLISES E TEXTOS Amanda Lagreca Bárbara Caballero Beatriz Schroeder Betina Warmling Barros Cauê Martins Cesar Mauricio de Abreu Mello David Marques Domitila Cayres Guaracy Mingardi Isabela Sobral Isabella Matosinhos Izabella Lacerda Pimenta Jeferson Nazário Jéssica Marina Diniz Borges Juliana Brandão Juliana Lemes Juliana Martins Leonardo Carvalho Luciana Temer Manoela Miklos Marcelle Figueira Mariana da Silva Ferreira Marina Bohnenberger Mayesse Silva Parizi Melissa Londres Paula Barros Renato Sérgio de Lima Samira Bueno Thais Carvalho Ursula Dias Peres CONSULTORIA ESTATÍSTICA E DE DADOS R6 Estatística e Treinamentos Ltda PARCERIAS E APOIOS Fundação José Luiz Egydio Setúbal Instituto Galo da Manhã Fundação Ford Open Society Foundations FENAVIST - Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores Porticus ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Analítica Comunicação Corporativa analitica@analitica.inf.br (11) 2579-5520 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Oficina 22 Estúdio Design Gráfico e Digital contato@oficina22.com.br Nota legal Os textos e opiniões expressos no Anuário Brasileiro de Segurança Pública são de responsabilidade institucional e/ou, quando assinados, de seus respectivos autores. Os conteúdos e o teor das análises publicadas não necessariamente refletem a opinião de todos os colaboradores envolvidos na produção do Anuário, bem como dos integrantes dos Conselhos Diretivos da instituição. Licença Creative Commons É permitido copiar, distribuir, exibir e executar a obra, e criar obras derivadas sob as seguintes condições: dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante; não utilizar essa obra com finalidades comerciais; para alteração, transformação ou criação de outra obra com base nessa, a distribuição desta nova obra deverá estar sob uma licença idêntica a essa. mailto:analitica%40analitica.inf.br%20?subject= mailto:contato%40oficina22.com.br?subject= Sumário 16 INFOGRÁFICO Segurança em Números 2025 PARTE 01 ESTATÍSTICAS CRIMINAIS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO (2023-2024) 22 MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS 23 Tabela 01 Mortes violentas intencionais 24 Tabela 02 Série histórica das Mortes Violentas Intencionais 26 Texto 01 Mortes Violentas Intencionais no Brasil em 2024 27 Gráfico 01 Mortes Violentas Intencionais – Taxa por 100 mil habitantes – Brasil e Regiões (2012-2024) 28 Gráfico 02 Taxa de Mortes Violentas Intencionais (por 100 mil habitantes) - Brasil e Regiões (2024) 29 Gráfico 03 Taxa de Mortes Violentas Intencionais – Brasil e Unidades da Federação (2024) 30 Gráfico 04 Participação Percentual das Mortes por Intervenção Policial no total das MVI, por Faixa de Letalidade - Brasil e Unidades da Federação - 2023 e 2024 33 Quadro 01 Rankings dos dez municípios com maiores taxas de Mortes Violentas Intencionais em 2024 (cidades com população igual ou superior a 100 mil habitantes) 35 Gráfico 05 Distribuição das MVI por sexo e categoria de registro (em %) - Brasil (2024) 36 Gráfico 06 Distribuição das MVI por raça/cor e categoria de registro (em %) - Brasil (2024) 37 Gráfico 07 Distribuição das MVI por faixa etária e categoria de registro (em %) - Brasil (2024) 37 Gráfico 08 Distribuição das MVI por tipo de instrumento utilizado e categoria de registro (em %) - Brasil (2024) 39 Tabela 03 Homicídios dolosos, por número de vítimas e ocorrências 40 Tabela 04 Latrocínio, por número de vítimas e número de ocorrências 41 Tabela 05 Lesão corporal seguida de morte, por número de ocorrências e número de vítimas 42 Tabela 06 Mortes violentas intencionais - Capitais e Distrito Federal 43 VITIMIZAÇÃO E LETALIDADE POLICIAL 44 Tabela 07 Policiais Civis e Militares vítimas de CVLI, em serviço e fora de serviço 45 Tabela 08 Suicídio de policiais 46 Texto 02 A saúde mental dos policiais precisa estar na centralidade das políticas de segurança pública 47 Gráfico 09 Série histórica de vitimização policial por suicídio e CVLI - Brasil (2018-2024) 49 Gráfico 10 Vitimização de policiais civis - Brasil (2023-2024) 50 Gráfico 11 Vitimização de policiais militares - Brasil (2023-2024) 51 Gráfico 12 Vitimização de Policiais Civis e Militares, por sexo (em %) - Brasil (2024) de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 6 51 Gráfico 13 Vitimização de Policiais Civis e Militares, por faixa etária (em %) - Brasil (2024) 52 Gráfico 14 Vitimização de Policiais Civis e Militares, por raça/cor (em %) - Brasil (2024) 53 Gráfico 15 Vitimização policial, por tipo penal (em %) - Brasil (2024) 53 Gráfico 16 Vitimização policial, por tipo de instrumento utilizado (em %) - Brasil (2024) 54 Gráfico 17 Vitimização policial, por local do crime (em %) - Brasil (2024) 60 Tabela 09 Mortes decorrentes de intervenções policiais, segundo corporação e situação (em serviço e fora de serviço) 61 Tabela 10 Proporção de Mortes decorrentes de intervenções policiais em relação às Mortes Violentas Intencionais 62 Texto 03 Sobre a necessidade de controlar as forças policiais 64 Gráfico 18 Proporção de MDIP em relação às Mortes Violentas Intencionais, por UF (em %) - 2024 65 Gráfico 19 Mortes decorrentes de intervenções de policiais civis e militares - Brasil (2014-2024) 67 Gráfico 20 Taxa de mortes decorrentes de intervenções de policiais civis e militares da ativa- Brasil e UFs (2024) 68 Gráfico 21 Variação percentual da taxa de mortes decorrentes de intervenções de policiais civis e militares - Brasil e UFs (2023-2024) 69 Gráfico 22 Taxa de mortes decorrentes de intervenções policiais, por sexo – Brasil (2024) 69 Gráfico 23 Taxa de mortes decorrentes de intervenções policiais, por faixa etária (em %) – Brasil (2024) 70 Gráfico 24 Taxa de mortes decorrentes de intervenções policiais, por raça/cor (em %) – Brasil (2024) 71 Gráfico 25 Proporção de municípios com ocorrência de ao menos uma MDIP (em %) – Brasil e UFs (2024) 72 Quadro 02 Os 10 municípios com mais de 100 mil habitantes com maiores taxas de MDIP - 2024 72 Quadro 03 Municípios em que as MDIP representaram mais de 50% das MVI - 2024 75 DESAPARECIMENTOS 76 Tabela 11 Pessoas desaparecidas e pessoas localizadas 77 Texto 04 Crescimento dos desaparecimentos pode invisibilizar execuções e desaparecimentos forçados 77 Gráfico 26 Registros de Desaparecidos - Brasil e regiões (2018-2024) 81 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 82 Tabela 12 Crimes contra o patrimônio: roubo e furto de veículos 83 Tabela 13 Roubo e furto de celulares 84 Tabela 14 Quantidade de celulares roubados e furtados 85 Tabela 15 Quantidade de celulares recuperados pelas polícias 86 Tabela 16 Roubo a estabelecimento comercial, residência e transeunte 87 Tabela 17 Roubo a instituição financeira, de carga e roubos total 88 Tabela 18 Registros de receptação 89 Texto 05 O caso dos roubos e furtos de celulares no Brasil 91 Quadro 04 Síntese da presença e ausência de programas estaduais de recuperação de celulares no Brasil – 2025 92 Gráfico 27 Roubos e Furtos de Celulares, Brasil - 2018 - 2024 94 Quadro 05 Total de celulares roubados e furtados, equipamentos recuperados e devolvidos aos seus proprietários - 2023-2024 95 Gráfico 28 Celulares roubados e furtados, por horário da ocorrência (em %) - Brasil (2024) 96 Gráfico 29 Celulares roubados e furtados, por dia da semana (em %) - Brasil (2024) 7 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 96 Gráfico 30 Celulares roubados e furtados, por tipo de local da ocorrência (em %) - Brasil (2024) 97 Gráfico 31 Celulares roubados e furtados, por marca do aparelho (em %) - Brasil (2024) 97 Gráfico 32 Vítimas de roubo e furto de celular, por sexo (em %) - Brasil (2024) 98 Gráfico 33 Vítimas de roubo e furto de celular, por faixa etária (em %) - Brasil (2024) 99 Gráfico 34 Vítimas de roubo e furto de celular, por raça/cor (em %) - Brasil (2024) 99 Gráfico 35 Celulares roubados e furtados, por porte municipal (taxa por 100 mil habitantes) - Brasil (2024) 100 Quadro 06 20 municípios com maiores taxas de aparelhos subtraídos por 100 mil habitantes. Municípios com mais de 100 mil habitantes - 2024 101 Texto 06 Os caminhos trilhados pelos celulares roubados e furtados: o exemplo de São Paulo 105 Tabela 19 Estelionato e Estelionato por meio eletrônico 106 Texto 07 A consolidação de uma nova tendência nos crimes patrimoniais no Brasil 107 Gráfico 36 Evolução dos roubos e estelionatos, ns. absolutos - Brasil, 2018-2024 109 Gráfico 37 Variação dos números absolutos de roubo e furto de celulares (em %) - Brasil, 2018-2024 114 INJÚRIA RACIAL E LGBTQIAPN+ 115 Tabela 20 Registros de Injúria Racial, Racismo e Racismo por homofobia ou transfobia 117 Tabela 21 Registros de crimes contra população LGBTQIAPN+ 118 Texto 08 Discursos nada cordiais: a produção de subjetividades odiadas nos crimes de racismo e a naturalização da violência contra LGBTQIAPN+ 124 Gráfico 38 Cobertura de registros de racismo, injúria racial e violência contra LGBTQI+, por número de UFs cobertas (2018-2024) 126 Gráfico 39 Registros de lesões corporais dolosas contra vítimas LGBTQIAPN+ - por UF (2023-2024) 126 Gráfico 40 Registros de homicídios dolosos contra vítimas LGBTQIAPN+ - por UF (2023-2024) 127 Gráfico 41 Registros de estupros contra vítimas LGBTQIAPN+ - por UF (2023-2024) 131 OUTROS REGISTROS 132 Tabela 22 Suicídios 133 Tabela 23 Crimes violentos não letais intencionais contra a pessoa 134 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL 135 Tabela 24 Homicídios de mulheres e feminicídios 136 Tabela 25 Número de feminicídios seguidos do suicídio do autor 137 Tabela 26 Número de vítimas de feminicídio com Medida Protetiva de Urgência ativa no momento do óbito 138 Tabela 27 Tentativas de homicídios de mulheres e tentativas de feminicídios 139 Tabela 28 Lesão corporal dolosa - violência doméstica - vítimas mulheres 140 Tabela 29 Ameaça - vítimas mulheres 141 Tabela 30 Perseguição (stalking) e Violência Psicológica - vítimas mulheres 142 Tabela 31 Medidas protetivas de urgência distribuídas e concedidas pelos Tribunais de Justiça no contexto da Lei Maria da Penha 143 Tabela 32 Número de registros de descumprimento de Medida Protetiva de Urgência (art. 24-A, Lei n. 11.340/2006) 8 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 144 Tabela 33 Ligações ao 190 registradas - Total e natureza Violência doméstica 145 Texto 09 Uma narrativa que se repete: dados da violência contra as mulheres no Brasil em 2024 153 Quadro 07 Proporção de feminicídios em relação aos homicídios de mulheres (em %) - Brasil e Unidades da Federação - 2015-2024 156 Gráfico 42 Percentual de raça/cor das vítimas de feminicídio - Brasil, 2024 157 Gráfico 43 Percentual de idade das vítimas de feminicídio e das vítimas de mortes violentas intencionais (MVI) de mulheres, por faixa etária - Brasil, 2024 158 Gráfico 44 Comparativo do perfil etário das vítimas de feminicídio: percentuais e variação - Brasil, 2023-2024 158 Gráfico 45 Percentual do local de ocorrência dos feminicídios e das mortes violentas intencionais (MVI) de mulheres - Brasil, 2024 159 Gráfico 46 Percentual de instrumento utilizado nos feminicídios e nas mortes violentas intencionais (MVI) de mulheres - Brasil, 2024 161 Gráfico 47 Percentual da relação entre vítima e autor dos feminicídios e mortes violentas intencionais (MVI) de mulheres - Brasil, 2024 162 Gráfico 48 Participação feminina e masculina na autoria de mortes violentas intencionais (MVI) e feminicídio, segundo o sexo da vítima - Brasil, 2024 171 Tabela 34 Estupro e Estupro de Vulnerável 172 Tabela 35 Tentativa de Estupro e tentativa de Estupro de Vulnerável 173 Tabela 36 Estupro e Estupro de Vulnerável - vítimas mulheres 174 Tabela 37 Assédio e importunação sexual 175 Tabela 38 Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia 176 Tabela 39 Número de registros de favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual (Art. 228, CP) 177 Texto 10 Da infância ao silêncio: um retrato da violência sexual no Brasil em 2024 180 Gráfico 49 Evolução da quantidade de registros policiais de estupro e estupro de vulnerável - Brasil – 2011-2024 180 Gráfico 50 Proporção de estupro e estupro de vulnerável entre o registro total de estupro – Brasil, 2024 183 Gráfico 51 Unidades da Federação com as maiores e menores taxas de estupro de vulnerável e suas variações percentuais – Brasil, 2024 184 Gráfico 52 Vítimas de estupro e estupro de vulnerável, por sexo (em %) - Brasil, 2024 185 Gráfico 53 Quantidade de estupros registrados, por idade simples e sexo da vítima - Brasil, 2024 186 Gráfico 54 Vítimas de estupro e estupro de vulnerável, por faixa etária (em %) - Brasil - 2024 186 Gráfico 55 Vítimas de estupro e estupro de vulnerável, por raça/cor (em %) - Brasil - 2024 187 Quadro 08 Percentual de registros de estupro e estupro de vulnerável com informação ausente (NI), por variável analisada – Brasil – 2024 188 Gráfico 56 Local de ocorrência dos crimes de estupro e estupro de vulnerável (em %) - Brasil - 2024 188 Gráfico 57 Relação entre vítima e autor nos registros de estupro e estupro de vulnerável, por faixa etária da vítima (em %) - Brasil - 2024 189 Gráfico 58 Quantidade de registros policiais de outros crimes sexuais – Brasil – 2023-2024 195 Quadro 08 50 cidades com mais de 100 mil habitantes com taxas mais elevadas de Estupros - Brasil, 2024 203 Tabela 40 Número de perícias sexológicas 204 Texto 11 Perícia Sexológica e a importância nos casos de violência sexual 9 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 208 VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 209 Tabela 41 Abandono de incapaz (art. 133, CP) 211 Tabela 42 Abandono material (art. 244, CP) 213 Tabela 43 Produção ou distribuição de material de abuso sexual infantil (art. 240, 241, 241-A, 241-B e Art. 241-C do ECA) 215 Tabela 44 Maus-tratos (art. 136 do CP e art. 232 do ECA) 217 Tabela 45 Exploração sexual infantil (art. 218-B do CP e art. 244-A do ECA) 219 Tabela 46 Lesão corporal dolosa em contexto de violência doméstica (art. 129, §9o do CP) 221 Tabela 47 Subtração de crianças e adolescentes (art. 249 do CP e art. 237 do ECA) 223 Tabela 48 Aliciamento de crianças com o fim de com ela praticar ato libidinoso (art. 241-D, ECA) 225 Tabela 49 Registros de infrações administrativas de descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda (art. 249, ECA) 227 Tabela 50 Registros criminais de Intimidação sistemática (bullying) (art. 146-A, caput, CP, incluído pela Lei 14.811/2024) 228 Tabela 51 Registros criminais de Intimidação sistemática virtual (cyberbullying) (art. 146-A, parágrafo único, CP, incluído pela Lei 14.811/2024) 229 Tabela 52 Medidas protetivas de urgência distribuídas e concedidas pelos Tribunais de Justiça no contexto da Lei Henry Borel 230 Tabela 53 Mortes Violentas Intencionais de Crianças e Adolescentes de 0 a 17 anos 231 Texto 12 Na contramão da tendência nacional e impulsionadas por letalidade policial, aumentam as MVI de adolescentes. Crimes não-letais contra crianças e adolescentes também avançam 232 Quadro 09 Síntese dos dados de crimes não letais com vítimas crianças e adolescentes – Brasil, 2024 233 Quadro 10 Variação das taxas de registros de crimes contra crianças e adolescentes (0 a 17 anos) – Brasil, 2023-2024 235 Gráfico 59 Aliciamento de crianças com o fim de com ela praticar ato libidinoso, por idade da vítima – Brasil (2024) 236 Gráfico 60 Exploração sexual de crianças e adolescentes, por idade da vítima - Brasil (2024) 238 Gráfico 61 Distribuição de crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos, por faixa etária (em %) – Brasil, 2024 238 Gráfico 62 Crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos, por faixa etária e sexo (em %) - Brasil (2024) 239 Gráfico 63 Relação entre autor e vítima de crimes de maus-tratos contra crianças e adolescentes, por faixa etária da vítima (em %) – Brasil, 2024 240 Gráfico 64 Crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos, por faixa etária e dia da semana do fato (em %) - Brasil (2024) 240 Gráfico 65 Vítimas de maus-tratos e lesão corporal em contexto de violência doméstica de 0 a 17 anos, taxas por 100 mil habitantes na respectiva faixa etária - Brasil (2024) 242 Gráfico 66 Bullying e cyberbullying de crianças e adolescentes, por idade da vítima - Brasil (2024) 243 Quadro 11 Síntese dos dados de mortes violentas intencionais com vítimas crianças e adolescentes – Brasil, 2024 244 Mapa 01 Vítimas de MVI de 0 a 17 anos Taxas por 100 mil habitantes na respectiva faixa etária - Unidades da Federação, 2024 245 Gráfico 67 Crianças e adolescentes vítimas de MVI, por faixa etária e sexo (em %) – Brasil, 2024 245 Gráfico 68 Crianças e adolescentes vítimas de MVI, por faixa etária e local do crime (em %) – Brasil, 2024 246 Gráfico 69 Crianças e adolescentes vítimas de MVI, por faixa etária e tipo de instrumento do crime (em %) – Brasil, 2024 247 Gráfico 70 Adolescentes vítimas de MDIP e MVI, por idade da vítima – Brasil, 2024 248 Gráfico 71 Crianças e adolescentes vítimas de MVI, por faixa etária e raça/cor (em %) – Brasil, 2024 249 Texto 13 Violência sexual infantil: da importância do preenchimento correto dos microdados 250 Gráfico 72 Dia da semana do crime. Estupro de vulnerável de crianças de 0 a 13 anos versus vítimas com mais de 14 anos (em %) - Brasil, 2024 10 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 251 Gráfico 73 Relação entre vítima e autor da violência nos registros de estupro de vulnerável com vítimas menores de 14 anos - Brasil, 2024 251 Gráfico 74 Vítimas de estupro e estupro de vulnerável de menores de 14 anos, por tipo de local do crime (em %) - Brasil, 2024 252 Gráfico 75 Vítimas de estupro e estupro de vulnerável com idade até 13 anos ou 14 anos e mais (em %) - Brasil, 2024 253 Gráfico 76 Variação do número de vítimas de estupro de vulnerável, por idade simples e sexo - Brasil, 2023-2024 PARTE 02 VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS 257 Tabela 54 Interrupção do calendário escolar em decorrência de episódios de violência 258 Tabela 55 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Atentado à vida 259 Tabela 56 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Lesão corporal 260 Tabela 57 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Roubo ou furto 261 Tabela 58 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Tráfico de drogas 262 Tabela 59 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Permanência de pessoas sob efeito de álcool 263 Tabela 60 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Permanência de pessoas sob efeito de drogas 264 Tabela 61 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Porte de arma 265 Tabela 62 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Assédio sexual 266 Tabela 63 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Discriminação 267 Tabela 64 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Bullying 268 Tabela 65 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Invasão do espaço escolar 269 Tabela 66 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Depredação do patrimônio escolar 270 Tabela 67 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Tiroteio ou bala perdida 271 Tabela 68 Percepção de diretores sobre aspectos da escola em que trabalham: Condições de segurança na entrada e saída da escola 272 Tabela 69 Percepção de diretores sobre aspectos da escola em que trabalham: Muros e/ou grades que isolam a escola do ambiente externo 273 Tabela 70 Apontameto de diretores sobre a existência de projetos temáticos na escola em que trabalha 274 Texto 14 Interrupções do calendário escolar por violência crescem 245,6% entre 2021 e 2023 277 Gráfico 77 Interrupção do calendário escolar em decorrência de episódios de violência (em %) - Unidades da Federação, 2023 280 Gráfico 78 Percepção de diretores sobre a ocorrência de situações de violência na escola em que trabalham: Bullying (em %) – Brasil, 2023 11 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 PARTE 03 ARMAS DE FOGO 283 Tabela 71 Registros de arma de fogo ativos no SINARM/Polícia Federal, ns. Absolutos 284 Gráfico 79 Registros de arma de fogo ativos no SINARM/Polícia Federal, ns. Absolutos - Brasil (2017-2024) 285 Tabela 72 Registros de arma de fogo ativos, por espécie de arma 287 Tabela 73 Armas de fogo com registros expirados no SINARM/Polícia Federal, ns. Absolutos 288 Tabela 74 Certificados de Registros (CR) de armas de fogo concedidos a pessoas físicas, por ano 288 Tabela 75 Total de Certificados de Registros (CR) de armas de fogo no Sigma, por categoria 289 Tabela 76 Total de registros de armas de fogo ativos no Sigma, por categoria 290 Tabela 77 Registros de armas de fogo ativos no Sigma/EB, por tipo de arma 290 Tabela 78 Estimativa da quantidade de pessoas, entidades de tiro desportivos e armas de fogo particulares registrados no Sigma/EB 291 Tabela 79 Visitas de fiscalização efetivadas pelo Exército Brasileiro e número de armas de fogo apreendidas, por categoria de proprietário, por ano 291 Tabela 80 Número de armas fabricadas pela indústria nacional, por ano e tipo de arma 292 Tabela 81 Número de munições vendidas pela indústria nacional, por ano e categoria 293 Tabela 82 Número de armas de fogo apreendidas, segundo instituições estaduais e Polícia Federal 294 Tabela 83 Registros de posse ou porte ilegais de arma de fogo (Arts. 12, 14 e 16, Lei 10.826/03) 295 Tabela 84 Número de armas de fogo apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal 296 Tabela 85 Número de munições apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal 297 Texto 15 Freio de arrumação e racionalização: os resultados da política de controle de armas do governo Lula 3 298 Gráfico 80 Variação anual no total de registros de armas de fogo ativos no Sinarm/Polícia Federal (em %) – Brasil, 2017-2024 301 Figura 01 Armas de fogo em posse de civis - Cenário a partir de julho de 2025 PARTE 04 DROGAS 306 Tabela 86 Apreensão de maconha e cocaína, segundo a Polícia Federal 307 Tabela 87 Apreensão de drogas, segundo a Polícia Federal 308 Tabela 88 Apreensão de cocaína, segundo a Polícia Federal 310 Tabela 89 Apreensão de maconha, segundo a Polícia Federal 312 Tabela 90 Apreensão de maconha e cocaína (em kg) - Instituições Federais de Segurança Pública e Defesa Nacional 313 Tabela 91 Tráfico de drogas 314 Tabela 92 Posse e Uso de drogas 315 Tabela 93 Registros de Apreensão de drogas 316 Tabela 94 Apreensão de maconha e cocaína (em kg), segundo as Secretarias de Segurança Pública 317 Tabela 95 Apreensão de maconha e cocaína, segundo instituições estaduais e Polícia Federal 318 Texto 16 As rotas do tráfico de drogas na Amazônia 327 Texto 17 Reconstrução institucional e governança de dados: avanços recentes da Senad na política nacional sobre drogas 12 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 PARTE 05 GASTOS COM SEGURANÇA PÚBLICA 329 Tabela 96 Despesas realizadas com a Função Segurança Pública, por Subfunções - 2023-2024 331 Tabela 97 Participação das despesas realizadas com a Função Segurança Pública no total das despesas realizadas - 2021-2024 332 Gráfico 81 Gasto per capita com segurança pública, por UF, 2024 333 Tabela 98 Evolução das despesas com a Função Segurança Pública, regiões e unidades da federação - 2021-2024 334 Tabela 99 Execução Orçamentária do Ministério da Justiça - 2015-2024 335 Tabela 100 Despesas dos Fundos vinculados ao Ministério da Justiça, 2015-2024 335 Tabela 101 Repasses das verbas das Loterias para a área de Segurança Pública - 2015-2024 336 Tabela 102 Evolução das despesas com a Função Segurança Pública, por ente federativo - 2021-2024 336 Gráfico 82 Variação das despesas com a função Segurança Pública entre 2023 e 2024 337 Texto 18 O Financiamento da Segurança Pública no Brasil: novos problemas e antigos dilemas 339 Gráfico 83 Participação no financiamento das despesas com a Função Segurança Pública, por ente federativo - 2021-2024 342 Gráfico 84 Participação nas despesas por função orçamentária, UFs por áreas de políticas públicas, 2024 344 Gráfico 85 Execução Orçamentária do Ministério da Justiça por Órgão/Unidade Orçamentária - 2024 PARTE 06 SEGURANÇA PRIVADA 349 Tabela 103 Quantidade de vigilantes com vínculos ativos 350 Tabela 104 Perfil dos vigilantes 351 Tabela 105 Bases salariais dos vigilantes, por tipo de serviço 352 Tabela 106 Cursos e Aperfeiçoamento de Vigilantes 353 Tabela 107 Vínculos ativos 354 Tabela 108 Evolução dos vínculos ativos, por tipo de empresa 354 Tabela 109 Quantidade de estabelecimentos, por tipo 355 Tabela 110 Empresas ativas, por tipo 357 Tabela 111 Compras de armas e munições novas por empresas de segurança privada, publicadas no Diário Oficial da União 358 Tabela 112 Transferências de armas e munições entre empresas de segurança privada, publicadas no Diário Oficial da União 358 Tabela 113 Veículos registrados pelas empresas de segurança privada, por tipo de veículo 359 Tabela 114 Penalidades aplicadas pela Polícia Federal a estabelecimentos de segurança privada 359 Tabela 115 Óbitos decorrentes de acidentes do trabalho, atividades selecionadas 360 Texto 19 Sob nova legislação, segurança privada se prepara para trilhar novos caminhos PARTE 07 FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA E OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM 366 Tabela 116 Quantidade de operações ativas da Força Nacional, por ano 367 Gráfico 86 Quantidade de operações da Força Nacional, por ano (2013-2024) 368 Tabela 117 Despesas da Força Nacional de Segurança Pública, por tipo 13 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 369 Tabela 118 Operações da Força Nacional ativas em cada ano, por tipo 370 Tabela 119 Operações da Força Nacional ativas em cada ano, por efetivo médio mobilizado 370 Tabela 120 Operações da Força Nacional ativas em cada ano, por órgão apoiado 371 Tabela 121 Quantidade de operações ativas de Garantia da Lei e Ordem (GLO), por ano 372 Tabela 122 Operações do Programa Protetor das Divisas, Fronteiras e Biomas, por UF PARTE 08 SISTEMA PRISIONAL 374 Tabela 123 Pessoas privadas de liberdade no Sistema Penitenciário e Sob Custódia das Polícias e taxas por 100 mil habitantes 375 Tabela 124 Total de pessoas privadas de liberdade no Sistema Penitenciário, vagas no sistema prisional e percentual de ocupação 376 Tabela 125 Total de pessoas privadas de liberdade, por tipo de estabelecimento e sexo 378 Tabela 126 Pessoas privadas de liberdade: condenados e provisórios 379 Tabela 127 Evolução da população prisional 380 Tabela 128 Evolução população prisional, por raça/cor 382 Tabela 129 Óbitos no sistema prisional 384 Tabela 130 Quantidade total de pessoas privadas de liberdade em programas de laborterapia 386 Tabela 131 Estabelecimentos com pessoas privadas de liberdade em atividades de laborterapia 387 Tabela 132 Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional como apoio ao próprio estabelecimento (trabalho interno) 388 Tabela 133 Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional em parceria com outros órgãos públicos 389 Tabela 134 Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional em parceria com a iniciativa privada 390 Tabela 135 Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional em parceria com entidade ou organizações não governamentais sem fins lucrativos 391 Tabela 136 Quantidade de pessoas em vagas obtidas por meios próprios e/ou sem intervenção do sistema prisional 392 Tabela 137 Quantidade de pessoas privadas de liberdade, por remuneração mensal 395 Tabela 138 Quantidade de estabelecimentos com módulos/alas/celas adaptados para pessoas com deficiência e total de módulos/alas/celas adaptados 396 Tabela 139 Pessoas privadas de liberdade e com deficiência, por tipo de deficiência 397 Texto 20 Mais de 900 mil entre celas, monitoramento eletrônico e um plano para transformar as prisões no Brasil 398 Gráfico 87 Evolução da população prisional - Brasil, 2000-2024 400 Gráfico 88 Percentual da população em laborterapia, por tipo de trabalho - Brasil, 2024 402 Gráfico 89 Distribuição da população prisional em celas físicas e em monitoramento eletrônico -- Brasil, 2017-2024 404 Texto 21 O Plano Pena Justa e transformação do sistema penal brasileiro: justiça racial, governança colaborativa, participação social e compromisso com a dignidade humana 14 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 PARTE 09 SISTEMA SOCIOEDUCATIVO 409 Tabela 140 Adolescentes em unidades de medida socioeducativa de meio fechado 411 Tabela 141 Adolescentes em cumprimento de medidas de internação 412 Tabela 142 Adolescentes em cumprimento de medidas de internação provisória 413 Tabela 143 Adolescentes em cumprimento de medidas de semiliberdade 414 Tabela 144 Adolescentes em cumprimento de medidas de internação sanção 415 Tabela 145 Número de adolescentes apreendidos - em flagrante e por mandado judicial 417 Texto 22 Ineditismos e continuidades no sistema socioeducativo brasileiro 418 Gráfico 90 Evolução do número de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado - Brasil, 1996-2024 420 Quadro 12 Dimensões, hipóteses testadas e síntese dos resultados encontrados no relatório “Redução de adolescentes em medidas socioeducativas no Brasil (2013–2022): condicionantes e percepções” 421 Gráfico 91 Adolescentes apreendidos e adolescentes cumprindo medida socioeducativa em meio fechado - Ns. Absolutos - Brasil, 2019-2024 PARTE 10 MORTES A ESCLARECER 425 Texto 23 Considerações sobre o conceito e as metodologias de produção de dados estatísticos sobre Mortes a esclarecer no Brasil 428 Gráfico 92 Percentual de mortes cuja intenção é indeterminada em relação ao total de mortes por agressão, percentual de mortes a esclarecer em relação ao total de MVI e número de pessoas desaparecidas - Brasil, 2018-2022 429 Gráfico 93 Série histórica de MVI e mortes a esclarecer – Brasil (2011-2022) 430 Gráfico 94 Mortes a esclarecer sem indícios de crime de acordo com o Sinesp – Brasil (2016-2024) 430 Gráfico 95 Homicídios dolosos de acordo com o Sinesp – Brasil (2016-2024) 432 Gráfico 96 Taxa de mortes a esclarecer sem indício de crime, por UF – Brasil (2024) 15 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 TAXA DE 20,8 POR 100 MIL HABITANTES VÍTIMAS ENTRE 2014 E 2024 APESAR DA REDUÇÃO NA VIOLÊNCIA LETAL DESAPARECIMENTOS 4,9% 44.127 MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS PERFIL DAS VÍTIMAS 91,1% HOMENS 79% NEGROS 48,5% TINHAM ATÉ 29 ANOS 73,8% MORTOS COM ARMA DE FOGO 57,6% EM VIA PÚBLICA 41,2% ENTRE 10 E 13 ANOS 57,7% ENTRE 14 E 17 ANOS 126 124 46 SUICÍDIOS POLICIAIS MORTOS NA FOLGA POLICIAIS MORTOS NO TRABALHO 98,4% 65,4% 32,8% 93,9% 77,2% 87,8% HOMENS NEGROS 40 A 49 ANOS MORTOS COM ARMA DE FOGO EM VIA PÚBLICA VÍTIMAS DE HOMICÍDIO DOLOSO 81.873 REGISTROS EM 2024 AMAPÁ BAHIA PARÁ 17,1 10,5 7,0 1 - ITABAIANA (SE) 2 - SANTOS (SP) 3 - SÃO VICENTE (SP) 75,6% 66,1% 66,1% 5,4% REDUÇÃO DE AP 45,1 BA 40,6 CE 37,5 SP 8,2 SC 8,5 DF 8,9 MENORES TAXASMAIORES TAXAS POLÍCIAS MAIS LETAIS TAXA POR 100MIL 2,9 LETALIDADE PROVOCADA PELAS POLÍCIAS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 60.394 vítimas em 20242.356 REGISTROS CRIMINAIS DE CYBERBULLYING 452 NAS MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES (0 A 17 ANOS) CRESCIMENTO DE 3,7% DAS MVI FORAM AUTORIA DE POLICIAIS CIDADES EM QUE + DE 50% DAS MORTES FORAM PROVOCADAS POR POLICIAIS 14% MORTOS NO ÚLTIMO ANO POR 100 MIL 6.243 TENDÊNCIA CONTRÁRIA À MÉDIA NACIONAL 46,8% ENTRE 10 E 13 ANOS 45,1% ENTRE 14 E 17 ANOS REGISTROS CRIMINAIS DE BULLYING 2.543 PERFIL DAS VÍTIMAS PERFIL DAS VÍTIMAS USO DESPROPORCIONAL DA FORÇA ONDE MORA O PERIGO? 10 CIDADES MAIS VIOLENTAS DO PAÍS SOFREM COM DISPUTA DE FACÇÕES PELO CONTROLE DO TRÁFICO E ESTÃO NO NORDESTE 1 2 3 4 5 MUNICÍPIOS UF TAXA (POR 100 MIL) 6 7 8 9 10 79,9 77,6 76,2 74,8 73,3 73,0 71,4 68,7 68,5 65,2 CE BA BA BA PE PE BA CE CE BA MARANGUAPE JEQUIÉ JUAZEIRO CAMAÇARI CABO DE SANTO AGOSTINHO SÃO LOURENÇO DA MATA SIMÕES FILHO CAUCAIA MARACANAÚ FEIRA DE SANTANA DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL DA VIOLÊNCIA NORTE E NORDESTE COM TAXAS ACIMA DA MÉDIA NACIONAL 40 30 20 10 0 SUL CENTRO-OESTE NORTE NORDESTESUDESTE 13,3 14,6 19,5 27,7 33,8 POLICIAIS CIVIS E MILITARES MORRERAM MAIS POR SUICÍDIO DO QUE POR HOMICÍDIO NA FOLGA POLICIAIS ASSASSINADOS ABANDONO DE INCAPAZ MAUS TRATOS AGRESSÃO DECORRENTE DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL DE ABUSO SEXUAL INFANTIL +4,4% +6,8% +7,9% +21,2% +9,2% +5,2% +11,7% +26,8% +8,2% +10,2% +9,6% +9,0% +25,4% +12,7% +6,2% +14,3% +9,4% +8,1% +7,8% +14,1% CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES CRESCEM EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS EM RELAÇÃO A 2023 0 A 4 5 A 9 10 A 13 14 A 17 0 a 17 ANOS 2021: 1,0% 2023: 3,6% DAS ESCOLAS CRESCIMENTO DE 245,6% VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS INTERRUPÇÕES DO CALENDÁRIO ESCOLAR POR VIOLÊNCIA TAXA DE 20,8 POR 100 MIL HABITANTES VÍTIMAS ENTRE 2014 E 2024 APESAR DA REDUÇÃO NA VIOLÊNCIA LETAL DESAPARECIMENTOS 4,9% 44.127 MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS PERFIL DAS VÍTIMAS 91,1% HOMENS 79% NEGROS 48,5% TINHAM ATÉ 29 ANOS 73,8% MORTOS COM ARMA DE FOGO 57,6% EM VIA PÚBLICA 41,2% ENTRE 10 E 13 ANOS 57,7% ENTRE 14 E 17 ANOS 126 124 46 SUICÍDIOS POLICIAIS MORTOS NA FOLGA POLICIAIS MORTOS NO TRABALHO 98,4% 65,4% 32,8% 93,9% 77,2% 87,8% HOMENS NEGROS 40 A 49 ANOS MORTOS COM ARMA DE FOGO EM VIA PÚBLICA VÍTIMAS DE HOMICÍDIO DOLOSO 81.873 REGISTROS EM 2024 AMAPÁ BAHIA PARÁ 17,1 10,5 7,0 1 - ITABAIANA (SE) 2 - SANTOS (SP) 3 - SÃO VICENTE (SP) 75,6% 66,1% 66,1% 5,4% REDUÇÃO DE AP 45,1 BA 40,6 CE 37,5 SP 8,2 SC 8,5 DF 8,9 MENORES TAXASMAIORES TAXAS POLÍCIAS MAIS LETAIS TAXA POR 100MIL 2,9 LETALIDADE PROVOCADA PELAS POLÍCIAS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 60.394 vítimas em 20242.356 REGISTROS CRIMINAIS DE CYBERBULLYING 452 NAS MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES (0 A 17 ANOS) CRESCIMENTO DE 3,7% DAS MVI FORAM AUTORIA DE POLICIAIS CIDADES EM QUE + DE 50% DAS MORTES FORAM PROVOCADAS POR POLICIAIS 14% MORTOS NO ÚLTIMO ANO POR 100 MIL 6.243 TENDÊNCIA CONTRÁRIA À MÉDIA NACIONAL 46,8% ENTRE 10 E 13 ANOS 45,1% ENTRE 14 E 17 ANOS REGISTROS CRIMINAIS DE BULLYING 2.543 PERFIL DAS VÍTIMAS PERFIL DAS VÍTIMAS USO DESPROPORCIONAL DA FORÇA ONDE MORA O PERIGO? 10 CIDADES MAIS VIOLENTAS DO PAÍS SOFREM COM DISPUTA DE FACÇÕES PELO CONTROLE DO TRÁFICO E ESTÃO NO NORDESTE 1 2 3 4 5 MUNICÍPIOS UF TAXA (POR 100 MIL) 6 7 8 9 10 79,9 77,6 76,2 74,8 73,3 73,0 71,4 68,7 68,5 65,2 CE BA BA BA PE PE BA CE CE BA MARANGUAPE JEQUIÉ JUAZEIRO CAMAÇARI CABO DE SANTO AGOSTINHO SÃO LOURENÇO DA MATA SIMÕES FILHO CAUCAIA MARACANAÚ FEIRA DE SANTANA DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL DA VIOLÊNCIA NORTE E NORDESTE COM TAXAS ACIMA DA MÉDIA NACIONAL 40 30 20 10 0 SUL CENTRO-OESTE NORTE NORDESTESUDESTE 13,3 14,6 19,5 27,7 33,8 POLICIAIS CIVIS E MILITARES MORRERAM MAIS POR SUICÍDIO DO QUE POR HOMICÍDIO NA FOLGA POLICIAIS ASSASSINADOS ABANDONO DE INCAPAZ MAUS TRATOS AGRESSÃO DECORRENTE DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL DE ABUSO SEXUAL INFANTIL +4,4% +6,8% +7,9% +21,2% +9,2% +5,2% +11,7% +26,8% +8,2% +10,2% +9,6% +9,0% +25,4% +12,7% +6,2% +14,3% +9,4% +8,1% +7,8% +14,1% CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES CRESCEM EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS EM RELAÇÃO A 2023 0 A 4 5 A 9 10 A 13 14 A 17 0 a 17 ANOS 2021: 1,0% 2023: 3,6% DAS ESCOLAS CRESCIMENTO DE 245,6% VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS INTERRUPÇÕES DO CALENDÁRIO ESCOLAR POR VIOLÊNCIA Segurança em números 2025 16 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 TAXA DE 20,8 POR 100 MIL HABITANTES VÍTIMAS ENTRE 2014 E 2024 APESAR DA REDUÇÃO NA VIOLÊNCIA LETAL DESAPARECIMENTOS 4,9% 44.127 MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS PERFIL DAS VÍTIMAS 91,1% HOMENS 79% NEGROS 48,5% TINHAM ATÉ 29 ANOS 73,8% MORTOS COM ARMA DE FOGO 57,6% EM VIA PÚBLICA 41,2% ENTRE 10 E 13 ANOS 57,7% ENTRE 14 E 17 ANOS 126 124 46 SUICÍDIOS POLICIAIS MORTOS NA FOLGA POLICIAIS MORTOS NO TRABALHO 98,4% 65,4% 32,8% 93,9% 77,2% 87,8% HOMENS NEGROS 40 A 49 ANOS MORTOS COM ARMA DE FOGO EM VIA PÚBLICA VÍTIMAS DE HOMICÍDIO DOLOSO 81.873 REGISTROS EM 2024 AMAPÁ BAHIA PARÁ 17,1 10,5 7,0 1 - ITABAIANA (SE) 2 - SANTOS (SP) 3 - SÃO VICENTE (SP) 75,6% 66,1% 66,1% 5,4% REDUÇÃO DE AP 45,1 BA 40,6 CE 37,5 SP 8,2 SC 8,5 DF 8,9 MENORES TAXASMAIORES TAXAS POLÍCIAS MAIS LETAIS TAXA POR 100MIL 2,9 LETALIDADE PROVOCADA PELAS POLÍCIAS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 60.394 vítimas em 20242.356 REGISTROS CRIMINAIS DE CYBERBULLYING 452 NAS MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES (0 A 17 ANOS) CRESCIMENTO DE 3,7% DAS MVI FORAM AUTORIA DE POLICIAIS CIDADES EM QUE + DE 50% DAS MORTES FORAM PROVOCADAS POR POLICIAIS 14% MORTOS NO ÚLTIMO ANO POR 100 MIL 6.243 TENDÊNCIA CONTRÁRIA À MÉDIA NACIONAL 46,8% ENTRE 10 E 13 ANOS 45,1% ENTRE 14 E 17 ANOS REGISTROS CRIMINAIS DE BULLYING 2.543 PERFIL DAS VÍTIMAS PERFIL DAS VÍTIMAS USO DESPROPORCIONAL DA FORÇA ONDE MORA O PERIGO? 10 CIDADES MAIS VIOLENTAS DO PAÍS SOFREM COM DISPUTA DE FACÇÕES PELO CONTROLE DO TRÁFICO E ESTÃO NO NORDESTE 1 2 3 4 5 MUNICÍPIOS UF TAXA (POR 100 MIL) 6 7 8 9 10 79,9 77,6 76,2 74,8 73,3 73,0 71,4 68,7 68,5 65,2 CE BA BA BA PE PE BA CE CE BA MARANGUAPE JEQUIÉ JUAZEIRO CAMAÇARI CABO DE SANTO AGOSTINHO SÃO LOURENÇO DA MATA SIMÕES FILHO CAUCAIA MARACANAÚ FEIRA DE SANTANA DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL DA VIOLÊNCIA NORTE E NORDESTE COM TAXAS ACIMA DA MÉDIA NACIONAL 40 30 20 10 0 SUL CENTRO-OESTE NORTE NORDESTESUDESTE 13,3 14,6 19,5 27,7 33,8 POLICIAIS CIVIS E MILITARES MORRERAM MAIS POR SUICÍDIO DO QUE POR HOMICÍDIO NA FOLGA POLICIAIS ASSASSINADOS ABANDONO DE INCAPAZ MAUS TRATOS AGRESSÃO DECORRENTE DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL DE ABUSO SEXUAL INFANTIL +4,4% +6,8% +7,9% +21,2% +9,2% +5,2% +11,7% +26,8% +8,2% +10,2% +9,6% +9,0% +25,4% +12,7% +6,2% +14,3% +9,4% +8,1% +7,8% +14,1% CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES CRESCEM EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS EM RELAÇÃO A 2023 0 A 4 5 A 9 10 A 13 14 A 17 0 a 17 ANOS 2021: 1,0% 2023: 3,6% DAS ESCOLAS CRESCIMENTO DE 245,6% VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS INTERRUPÇÕES DO CALENDÁRIO ESCOLAR POR VIOLÊNCIA 17Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 FEMINICÍDIOS MAIOR NÚMERO DE ESTUPROS E ESTUPROS DE VULNERÁVEL DA HISTÓRIA CRESCEM APREENSÕES DE MACONHA E COCAÍNA NOS ESTADOS E UNIÃO ENTRE 2023 E 2024 DIFICULDADE DE PRODUÇÃO DE PROVAS PARA PUNIR AGRESSORES TENTATIVA DE FEMINICÍDIO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 1.492 VÍTIMAS DO FEMINICÍDIO 63,6% NEGRAS 12.054 ADOLESCENTES EM MEDIDA DE MEIO FECHADO 8 EM CADA 10 MORTAS COMPANHEIROS OU EX-COMPANHEIROS 70,5% ENTRE 18 E 44 ANOS 64,3% MORTAS EM CASA 97% ASSASSINADAS POR HOMENS PERÍCIAS SEXOLÓGICAS REALIZADAS EM 2024 67.157 9,8% RESULTARAM EM LAUDO POSITIVO VÍTIMAS 76,8% DAS VÍTIMAS ERAM VULNERÁVEIS +0,7% 3.870 VÍTIMAS+19,0% 87.545 VÍTIMAS EM 2024 41,2 POR TAXA DE 100 mil 51.866 REGISTROS +6,3% STALKING 95.026 REGISTROS +18,2% CONCEDIDAS DESCUMPRIDAS PELO AGRESSOR POLÍCIAS ESTADUAIS 6,6% 555.001 3,6% 72.790 ADOLESCENTES APREENDIDOS PELAS POLÍCIAS SEGURANÇA PRIVADA: MERCADO AQUECIDO LEI 14.967/2024 571.158 VIGILANTES ATIVOS EM MAIO DE 2025 7% DE CRESCIMENTO NOS POSTOS DE TRABALHO REFORÇA FISCALIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS CLANDESTINOS 10,8% 101.656 AMEAÇAS 747.683 REGISTROS -0,8% 87,7% SEXO FEMININO 55,6% NEGRAS 65,7% DOS CASOS OCORRERAM DENTRO DE CASA 45,5% FAMILIARES 20,3% PARCEIROS OU EX-PARCEIROS ÍNTIMOS PM CADA VEZ MAIS DEMANDADA EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 2 CHAMADOS POR MINUTO ACIONAMENTOS DO 190 EM 2024 1.067.556 MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA - MPU CRIANÇAS E ADOLESCENTES SÃO PRINCIPAIS VÍTIMAS 10,3% 18,2% 32,9% 16,3% 132,7 131,9 122,5 108,7 108,6 0 E 4 ANOS 5 E 9 ANOS 10 E 13 ANOS 14 E 17 ANOS CIDADES COM MAIORES TAXAS DE ESTUPRO E ESTUPRO DE VULNERÁVEL 1 - BOA VISTA (RR) 2 - SORRISO (MT) 3 - ARIQUEMES (RO) 4 - VILHENA (RO) 5 - PORTO VELHO (RO) MACONHA 1.416.943 KG +21,5% COCAÍNA 128.885 KG +10,1% POLÍCIA FEDERAL MACONHA 482.973 KG +16,0% COCAÍNA 74.501 KG +2,8% PRISÕES 6,3% PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE 94% 68,7% HOMENS NEGROS 20,3% DA POPULAÇÃO PRISIONAL TRABALHA 13,5% EM PRISÃO DOMICILIAR COM MONITORAMENTO ELETRÔNICO 909.594 10,6% DÉFICIT DE VAGAS 237.694 CRESCIMENTO DAS DESPESAS COM SEGURANÇA PÚBLICA R$ 118,5 BI UFS R$ 21,0 BI UNIÃO NAS DESPESAS DA UNIÃO REFLETE AUMENTO DE NOS GASTOS COM DEFESA CIVILR$ 13,5 BI MUNICÍPIOS 6,1% +22% 224,4% EM RELAÇÃO A 2023R$ 153 BILHÕES EM 2024 DROGAS AUTORES 18 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 FEMINICÍDIOS MAIOR NÚMERO DE ESTUPROS E ESTUPROS DE VULNERÁVEL DA HISTÓRIA CRESCEM APREENSÕES DE MACONHA E COCAÍNA NOS ESTADOS E UNIÃO ENTRE 2023 E 2024 DIFICULDADE DE PRODUÇÃO DE PROVAS PARA PUNIR AGRESSORES TENTATIVA DE FEMINICÍDIO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 1.492 VÍTIMAS DO FEMINICÍDIO 63,6% NEGRAS 12.054 ADOLESCENTES EM MEDIDA DE MEIO FECHADO 8 EM CADA 10 MORTAS COMPANHEIROS OU EX-COMPANHEIROS 70,5% ENTRE 18 E 44 ANOS 64,3% MORTAS EM CASA 97% ASSASSINADAS POR HOMENS PERÍCIAS SEXOLÓGICAS REALIZADAS EM 2024 67.157 9,8% RESULTARAM EM LAUDO POSITIVO VÍTIMAS 76,8% DAS VÍTIMAS ERAM VULNERÁVEIS +0,7% 3.870 VÍTIMAS+19,0% 87.545 VÍTIMAS EM 2024 41,2 POR TAXA DE 100 mil 51.866 REGISTROS +6,3% STALKING 95.026 REGISTROS +18,2% CONCEDIDAS DESCUMPRIDAS PELO AGRESSOR POLÍCIAS ESTADUAIS 6,6% 555.001 3,6% 72.790 ADOLESCENTES APREENDIDOS PELAS POLÍCIAS SEGURANÇA PRIVADA: MERCADO AQUECIDO LEI 14.967/2024 571.158 VIGILANTES ATIVOS EM MAIO DE 2025 7% DE CRESCIMENTO NOS POSTOS DE TRABALHO REFORÇA FISCALIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS CLANDESTINOS 10,8% 101.656 AMEAÇAS 747.683 REGISTROS -0,8% 87,7% SEXO FEMININO 55,6% NEGRAS 65,7% DOS CASOS OCORRERAM DENTRO DE CASA 45,5% FAMILIARES 20,3% PARCEIROS OU EX-PARCEIROS ÍNTIMOS PM CADA VEZ MAIS DEMANDADA EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 2 CHAMADOS POR MINUTO ACIONAMENTOS DO 190 EM 2024 1.067.556 MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA - MPU CRIANÇAS E ADOLESCENTES SÃO PRINCIPAIS VÍTIMAS 10,3% 18,2% 32,9% 16,3% 132,7 131,9 122,5 108,7 108,6 0 E 4 ANOS 5 E 9 ANOS 10 E 13 ANOS 14 E 17 ANOS CIDADES COM MAIORES TAXAS DE ESTUPRO E ESTUPRO DE VULNERÁVEL 1 - BOA VISTA (RR) 2 - SORRISO (MT) 3 - ARIQUEMES (RO) 4 - VILHENA (RO) 5 - PORTO VELHO (RO) MACONHA 1.416.943 KG +21,5% COCAÍNA 128.885 KG +10,1% POLÍCIA FEDERAL MACONHA 482.973 KG +16,0% COCAÍNA 74.501 KG +2,8% PRISÕES 6,3% PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE 94% 68,7% HOMENS NEGROS 20,3% DA POPULAÇÃO PRISIONAL TRABALHA 13,5% EM PRISÃO DOMICILIAR COM MONITORAMENTO ELETRÔNICO 909.594 10,6% DÉFICIT DE VAGAS 237.694 CRESCIMENTO DAS DESPESAS COM SEGURANÇA PÚBLICA R$ 118,5 BI UFS R$ 21,0 BI UNIÃO NAS DESPESAS DA UNIÃO REFLETE AUMENTO DE NOS GASTOS COM DEFESA CIVILR$ 13,5 BI MUNICÍPIOS 6,1% +22% 224,4% EM RELAÇÃO A 2023R$ 153 BILHÕES EM 2024 DROGAS AUTORES 19Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 MIGRAÇÃO DO CRIME DO REAL PARA O VIRTUAL: EPIDEMIA DE FRAUDES ROUBOS E FURTOS DE CELULAR ROUBOS ROUBOS CAEM EM TODO O PAÍS RETOMADA DA POLÍTICA DE CONTROLE DE ARMAS PF E OS NOVOS DESAFIOS DE FISCALIZAÇÃO NO SINARM DIFICULDADES DE INVESTIGAÇÃO 5.401.989 ARMAS DE FOGO SOB GESTÃO DA PF CRESCIMENTO DE 78,1% NO NÚMERO DE ARMAS A SEREM FISCALIZADAS PELA PF EM RELAÇÃO A 2021 CERCA DE 1,9 milhões 1,5 milhões 11 mil 530 milDE PISTOLAS E SÃO ARMAS DE CAC SÃO ARMAS DE ENTIDADES DE TIRO FUZIS E CARABINAS SENDO 408% 4 GOLPES DE CRESCIMENTO DESDE 2018 -7,3% OCORRÊNCIAS DE RECEPTAÇÃO 51% DE REDUÇÃO DESDE 2018 2.166.552 ESTELIONATOS EM 2024 70.011 REGISTROS TAXA BR: 1.019,2 POR 100 MIL HABITANTES BAIXA CAPACIDADE DO SISTEMA DE JUSTIÇA DE PROCESSAR ESSES CRIMES GARANTE A IMPUNIDADE POR MINUTO 431,7 ROUBOS E FURTOS PARA CADA 100 MIL HAB. 917.748 13,4% APARELHOS ROUBADOS E FURTADOS -79,4% NO NÚMERO DE NOVAS PESSOAS REGISTRADAS COMO CAC ENTRE 2022 E 2024. MAIORES TAXAS SP - 1.744,0 DF - 1.681,3 PR - 1.339,5 GOLPES POR 100 MIL 4 CIDADES COM MAIORES TAXAS DE ROUBO E FURTO DE CELULAR SÃO CAPITAIS 1º SÃO LUIS (MA) 2º BELÉM (PA) 3º SÃO PAULO (SP) 4º SALVADOR (BA) -10,4% VEÍCULO 126.675 REGISTROS 79,6% EM VIA PÚBLICA 29,8% ÀS 5ª E 6ª FEIRAS, DIAS DE MAIOR INCIDÊNCIA 59,1% DAS VÍTIMAS SÃO HOMENS 52% TEM IDADE ENTRE 20 E 39 ANOS 63,1% DAS VÍTIMAS SÃO NEGRAS PICOS ENTRE 6H E 8H DA MANHÃ E ENTRE 19H E 20H-24,4% COMÉRCIO 26.544 REGISTROS -19,2% RESIDÊNCIA 20.344 REGISTROS -22,6% TRANSEUNTE 329.856 REGISTROS -14,3% CARGA 9.801 REGISTROS -16,6% INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 114 REGISTROS 329.493 2022 67.859 2024 RAIO-X DOS ROUBOS E FURTOS DE CELULAR FURTOS DE CELULAR 43,7% EM VIA PÚBLICA 14,6% EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS 34% OCORREM AOS SÁBADOS E DOMINGOS 50,2% DAS VÍTIMAS SÃO MULHERES 46% COM IDADE ENTRE 20 E 39 ANOS 54,4% DAS VÍTIMAS SÃO NEGRAS PICOS ÀS 10 DA MANHÃ E ENTRE 17H E 20H ATÉ 100 MIL HAB. DE 100 MIL A 500 MIL ACIMA DE 500 MIL HAB. 105,6 183,0 425,3 44,1 164,2 402,0 FURTOTAXAS POR PORTE DO MUNICÍPIO ROUBO CRIMES DA CIDADE GRANDE CIDADE DE SÃO PAULO POSSUI 5,6% DA POPULAÇÃO E 18,5% DE TODOS OS ROUBOS E FURTOS DE CELULAR DO PAÍSHE RA NÇ A D O EX ÉR CIT O S IG MA 20 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 MIGRAÇÃO DO CRIME DO REAL PARA O VIRTUAL: EPIDEMIA DE FRAUDES ROUBOS E FURTOS DE CELULAR ROUBOS ROUBOS CAEM EM TODO O PAÍS RETOMADA DA POLÍTICA DE CONTROLE DE ARMAS PF E OS NOVOS DESAFIOS DE FISCALIZAÇÃO NO SINARM DIFICULDADES DE INVESTIGAÇÃO 5.401.989 ARMAS DE FOGO SOB GESTÃO DA PF CRESCIMENTO DE 78,1% NO NÚMERO DE ARMAS A SEREM FISCALIZADAS PELA PF EM RELAÇÃO A 2021 CERCA DE 1,9 milhões 1,5 milhões 11 mil 530 milDE PISTOLAS E SÃO ARMAS DE CAC SÃO ARMAS DE ENTIDADES DE TIRO FUZIS E CARABINAS SENDO 408% 4 GOLPES DE CRESCIMENTO DESDE 2018 -7,3% OCORRÊNCIAS DE RECEPTAÇÃO 51% DE REDUÇÃO DESDE 2018 2.166.552 ESTELIONATOS EM 2024 70.011 REGISTROS TAXA BR: 1.019,2 POR 100 MIL HABITANTES BAIXA CAPACIDADE DO SISTEMA DE JUSTIÇA DE PROCESSAR ESSES CRIMES GARANTE A IMPUNIDADE POR MINUTO 431,7 ROUBOS E FURTOS PARA CADA 100 MIL HAB. 917.748 13,4% APARELHOS ROUBADOS E FURTADOS -79,4% NO NÚMERO DE NOVAS PESSOAS REGISTRADAS COMO CAC ENTRE 2022 E 2024. MAIORES TAXAS SP - 1.744,0 DF - 1.681,3 PR - 1.339,5 GOLPES POR 100 MIL 4 CIDADES COM MAIORES TAXAS DE ROUBO E FURTO DE CELULAR SÃO CAPITAIS 1º SÃO LUIS (MA) 2º BELÉM (PA) 3º SÃO PAULO (SP) 4º SALVADOR (BA) -10,4% VEÍCULO 126.675 REGISTROS 79,6% EM VIA PÚBLICA 29,8% ÀS 5ª E 6ª FEIRAS, DIAS DE MAIOR INCIDÊNCIA 59,1% DAS VÍTIMAS SÃO HOMENS 52% TEM IDADE ENTRE 20 E 39 ANOS 63,1% DAS VÍTIMAS SÃO NEGRAS PICOS ENTRE 6H E 8H DA MANHÃ E ENTRE 19H E 20H-24,4% COMÉRCIO 26.544 REGISTROS -19,2% RESIDÊNCIA 20.344 REGISTROS -22,6% TRANSEUNTE 329.856 REGISTROS -14,3% CARGA 9.801 REGISTROS -16,6% INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 114 REGISTROS 329.493 2022 67.859 2024 RAIO-X DOS ROUBOS E FURTOS DE CELULAR FURTOS DE CELULAR 43,7% EM VIA PÚBLICA 14,6% EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS 34% OCORREM AOS SÁBADOS E DOMINGOS 50,2% DAS VÍTIMAS SÃO MULHERES 46% COM IDADE ENTRE 20 E 39 ANOS 54,4% DAS VÍTIMAS SÃO NEGRAS PICOS ÀS 10 DA MANHÃ E ENTRE 17H E 20H ATÉ 100 MIL HAB. DE 100 MIL A 500 MIL ACIMA DE 500 MIL HAB. 105,6 183,0 425,3 44,1 164,2 402,0 FURTOTAXAS POR PORTE DO MUNICÍPIO ROUBO CRIMES DA CIDADE GRANDE CIDADE DE SÃO PAULO POSSUI 5,6% DA POPULAÇÃO E 18,5% DE TODOS OS ROUBOS E FURTOS DE CELULAR DO PAÍSHE RA NÇ A D O EX ÉR CIT O S IG MA 21Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 Mortes violentas intencionais Estatísticas criminais por Unidades da Federação (2023-2024) Parte 1 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 22 Sumário TABELA 01 Mortes violentas intencionais (1) Brasil e Unidades da Federação – 2023-2024 Brasil e Unidades da Federação Crimes Violentos Letais Intencionais - CVLI Policiais Civis e Militares Vítimas de CVLI Morte Decorrente de Intervenção Policial (em serviço e fora de serviço) Mortes Violentas Intencionais - MVI Homicídio Doloso Latrocínio Lesão Corporal Seguida de Morte Ns. Absolutos Ns. Absolutos Ns. Absolutos Ns. Absolutos Ns. Absolutos Ns. Absolutos Taxa (2) Variação (%)2023 (3) 2024 2023 (3) 2024 2023 (3) 2024 2023 (3) 2024 2023 (3) 2024 2023 (3) 2024 2023 2024 Brasil 38.653 36.427 1.002 965 628 760 178 170 6.413 6.243 46.441 44.127 21,9 20,8 -5,4 Acre 190 164 5 1 4 4 - - 15 10 214 179 24,4 20,3 -16,7 Alagoas 1.122 1.054 18 6 4 6 2 4 66 75 1.210 1.141 37,6 35,4 -5,7 Amapá 307 218 13 4 16 3 - - 183 137 519 362 64,9 45,1 -30,6 Amazonas 1.277 1.084 36 22 34 24 7 2 59 43 1.406 1.173 33,2 27,4 -17,4 Bahia 4.729 4.308 69 75 81 97 9 11 1.700 1.556 6.579 6.036 44,4 40,6 -8,4 Ceará 2.935 3.225 24 41 11 12 9 12 144 189 3.114 3.467 33,9 37,5 10,9 Distrito Federal 264 231 19 8 1 12 - 1 27 15 311 266 10,5 8,9 -14,9 Espírito Santo 977 852 32 39 22 11 - 1 65 78 1.096 980 26,9 23,9 -11,2 Goiás 1.074 960 16 18 29 29 3 2 517 372 1.636 1.379 22,5 18,8 -16,6 Maranhão 1.767 1.983 54 62 14 8 5 4 62 76 1.897 2.129 27,1 30,4 12,1 Mato Grosso 919 902 15 20 2 6 3 2 223 214 1.159 1.142 30,7 29,8 -3,0 Mato Grosso do Sul 448 421 6 22 16 15 - - 131 86 601 544 20,9 18,7 -10,2 Minas Gerais (4) 2.949 3.130 75 55 26 29 1 3 137 200 3.050 3.214 14,4 15,1 5,0 Pará 2.096 1.851 79 67 33 36 22 15 537 606 2.745 2.560 31,9 29,5 -7,3 Paraíba 967 981 25 16 3 8 2 1 69 55 1.064 1.060 25,8 25,6 -0,9 Paraná 1.837 1.663 51 46 34 61 2 1 341 400 2.263 2.170 19,3 18,4 -4,7 Pernambuco (4) 3.531 3.349 87 77 23 27 12 8 118 68 3.641 3.453 38,3 36,2 -5,4 Piauí 678 626 21 19 13 10 2 4 25 30 737 685 21,9 20,3 -7,3 Rio de Janeiro 3.293 2.938 65 99 41 69 58 55 871 703 4.270 3.809 24,8 22,1 -10,8 Rio Grande do Norte 838 655 32 23 80 72 3 1 92 83 1.042 833 30,3 24,2 -20,3 Rio Grande do Sul 1.757 1.474 42 30 29 36 5 5 154 147 1.982 1.687 17,7 15,0 -14,9 Rondônia 439 431 7 10 - 6 3 - 9 8 455 455 26,1 26,1 -0,3 Roraima 148 118 9 6 7 4 - - 13 5 177 133 25,5 18,6 -27,1 Santa Catarina 570 562 11 16 14 28 - 1 79 79 674 685 8,5 8,5 0,0 São Paulo (5) 2.728 2.630 166 170 82 138 29 32 504 813 3.480 3.751 7,6 8,2 7,5 Sergipe 451 365 6 7 3 5 1 - 229 145 689 522 30,2 22,8 -24,5 Tocantins 362 252 19 6 6 4 - 5 43 50 430 312 27,4 19,8 -27,9 Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (-) Fenômeno Inexistente. (1) A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em alguns casos, contabilizadas dentro dos homicídios dolosos, conforme notas explicativas). Sendo assim, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território. O número de policiais mortos já está contido no total de homicídios dolosos e é aqui apresentado apenas para mensuração do fenômeno. (2) Taxa por 100 mil habitantes. (3) Atualização das informações publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 18, 2024. (4) A categoria homicídio doloso inclui as mortes decorrentes de intervenções policiais. (5) O estado de São Paulo publica somente os dados de ocorrências de lesão corporal seguida de morte em ambos os anos. Para o dado referente ao número de vítimas de lesão corporal seguida de morte, foi considerado o dado de ocorrências deste crime. 23Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 TABELA 02 Série histórica das Mortes Violentas Intencionais (1) Brasil, Regiões e Unidades da Federação - 2012-2024 Brasil, Regiões e Unidades da Federação Mortes Violentas Intencionais - MVI Brasil, Regiões e Unidades da Federação Mortes Violentas Intencionais - MVI Ns. Absolutos Taxas por 100 mil habitantes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 Brasil 54.694 55.844 59.739 58.437 61.600 64.079 57.592 47.765 50.448 48.286 47.963 46.441 44.127 Brasil 27,7 28,0 29,7 28,9 30,2 31,2 27,9 23,0 24,1 23,0 22,7 21,9 20,8 Região Norte 5.833 5.899 6.270 6.720 7.425 7.873 8.074 6.477 5.758 6.460 6.388 5.946 5.174 Região Norte 35,2 35,1 36,8 39,0 42,6 44,7 45,4 36,0 31,7 35,4 34,7 32,1 27,7 Acre 189 212 213 212 371 531 417 319 322 192 237 214 179 Acre 23,9 26,4 26,1 25,6 44,4 62,9 49,0 37,2 37,3 22,1 27,2 24,4 20,3 Amapá 174 245 274 250 399 434 484 461 356 491 367 519 362 Amapá 24,4 33,8 37,2 33,5 52,7 56,7 62,6 59,1 45,3 62,1 46,1 64,9 45,1 Amazonas 1.160 985 1.201 1.447 1.189 1.285 1.234 1.172 1.121 1.672 1.531 1.406 1.173 Amazonas 31,6 26,4 31,6 37,5 30,4 32,4 30,7 28,8 27,2 40,2 36,5 33,2 27,4 Pará 3.401 3.536 3.611 3.772 4.207 4.527 4.720 3.497 2.876 2.964 3.018 2.745 2.560 Pará 43,2 44,4 44,9 46,4 51,3 54,7 56,6 41,6 34,0 34,8 35,2 31,9 29,5 Rondônia 515 495 540 542 586 506 431 402 413 475 551 455 455 Rondônia 31,8 30,3 32,7 32,5 34,9 29,9 25,3 23,5 24,0 27,5 31,8 26,1 26,1 Roraima 72 107 78 102 212 211 384 219 212 232 199 177 133 Roraima 14,6 21,1 15,0 19,1 38,7 37,4 65,4 35,4 33,1 35,4 29,6 25,5 18,6 Tocantins 322 319 353 395 461 379 404 407 458 434 485 430 312 Tocantins 22,6 22,1 24,2 26,8 31,0 25,3 26,7 26,7 29,8 28,0 31,1 27,4 19,8 Região Nordeste 20.724 22.274 23.737 23.500 24.814 27.288 23.474 18.190 22.147 20.964 20.198 19.973 19.326 Região Nordeste 38,2 40,8 43,2 42,6 44,7 49,0 41,9 32,3 39,2 37,0 35,5 35,1 33,8 Alagoas 2.171 2.273 2.201 1.808 1.878 1.926 1.499 1.095 1.249 1.138 1.187 1.210 1.141 Alagoas 68,9 71,9 69,4 56,8 58,9 60,3 46,8 34,1 38,9 35,4 36,9 37,6 35,4 Bahia 6.530 6.026 6.366 6.273 7.091 6.979 6.348 6.002 6.696 7.069 6.663 6.579 6.036 Bahia 45,7 42,0 44,2 43,4 48,8 47,9 43,4 40,8 45,4 47,8 45,0 44,4 40,6 Ceará 3.734 4.432 4.492 4.130 3.566 5.329 4.788 2.359 4.183 3.419 3.123 3.114 3.467 Ceará 43,2 50,9 51,3 46,8 40,2 59,7 53,3 26,1 46,0 37,4 34,1 33,9 37,5 Maranhão 1.666 1.782 2.158 2.280 2.342 2.058 1.779 1.562 2.041 2.024 1.900 1.897 2.129 Maranhão 24,8 26,4 31,8 33,4 34,1 29,9 25,7 22,5 29,3 29,0 27,2 27,1 30,4 Paraíba 1.540 1.537 1.513 1.502 1.324 1.286 1.210 942 1.166 1.061 1.090 1.064 1.060 Paraíba 39,9 39,6 38,7 38,2 33,5 32,3 30,2 23,3 28,7 26,0 26,5 25,8 25,6 Pernambuco 3.321 3.097 3.434 3.889 4.480 5.427 4.173 3.412 3.760 3.370 3.427 3.641 3.453 Pernambuco 36,7 34,0 37,5 42,2 48,4 58,3 44,6 36,3 39,8 35,6 36,1 38,3 36,2 Piauí 529 551 734 673 703 653 621 587 707 780 828 737 685 Piauí 16,5 17,1 22,7 20,7 21,5 19,9 18,8 17,7 21,2 23,3 24,7 21,9 20,3 Rio Grande do Norte 388 1.624 1.762 1.659 1.980 2.355 1.926 1.264 1.357 1.308 1.212 1.042 833 Rio Grande do Norte 11,9 49,6 53,4 49,9 59,2 70,1 57,1 37,3 39,8 38,3 35,4 30,3 24,2 Sergipe 845 952 1.077 1.286 1.450 1.275 1.130 967 988 795 768 689 522 Sergipe 39,7 44,4 49,8 58,9 66,0 57,6 50,7 43,1 43,8 35,1 33,8 30,2 22,8 Região Centro-Oeste 5.120 5.225 5.666 5.574 5.467 4.850 4.778 4.100 4.231 3.614 3.745 3.707 3.331 Região Centro-Oeste 34,6 34,9 37,3 36,2 35,0 30,7 29,9 25,3 25,8 21,8 22,4 21,9 19,5 Distrito Federal 871 743 767 694 659 557 505 461 425 351 321 311 266 Distrito Federal 32,2 27,2 27,7 24,8 23,3 19,5 17,6 15,9 14,5 11,9 10,9 10,5 8,9 Goiás 2.588 2.774 2.851 3.054 3.014 2.676 2.705 2.251 2.209 1.863 1.784 1.636 1.379 Goiás 40,7 43,1 43,6 46,1 44,8 39,3 39,3 32,3 31,3 26,1 24,8 22,5 18,8 Mato Grosso 1.047 1.130 1.402 1.226 1.172 1.053 978 906 990 889 1.072 1.159 1.142 Mato Grosso 33,0 35,1 42,8 36,8 34,7 30,7 28,0 25,5 27,4 24,2 28,8 30,7 29,8 Mato Grosso do Sul 614 578 646 600 622 564 590 482 607 511 568 601 544 Mato Grosso do Sul 24,1 22,4 24,7 22,6 23,2 20,8 21,5 17,4 21,6 18,0 19,9 20,9 18,7 Região Sudeste 16.430 16.701 17.584 16.028 16.866 17.224 15.432 13.949 12.978 12.121 12.284 11.896 11.754 Região Sudeste 19,6 19,8 20,7 18,7 19,6 19,9 17,7 16,0 14,8 13,8 13,9 13,5 13,3 Espírito Santo 1.736 1.641 1.626 1.462 1.308 1.508 1.187 1.064 1.206 1.170 1.126 1.096 980 Espírito Santo 46,7 43,7 42,9 38,1 33,8 38,6 30,1 26,8 30,1 29,0 27,8 26,9 23,9 Minas Gerais 4.125 4.240 4.421 4.360 4.370 4.136 3.216 2.829 2.708 2.523 2.936 3.050 3.214 Minas Gerais 20,5 21,0 21,7 21,3 21,2 20,0 15,5 13,5 12,9 11,9 13,9 14,4 15,1 Rio de Janeiro 4.241 5.348 5.719 5.010 6.262 6.749 6.714 5.980 4.907 4.762 4.485 4.270 3.809 Rio de Janeiro 25,4 31,8 33,9 29,5 36,7 39,5 39,2 34,8 28,5 27,7 26,1 24,8 22,1 São Paulo 6.328 5.472 5.818 5.196 4.926 4.831 4.315 4.076 4.157 3.666 3.737 3.480 3.751 São Paulo 14,7 12,6 13,3 11,8 11,1 10,8 9,6 9,0 9,1 8,0 8,2 7,6 8,2 Região Sul 6.587 5.745 6.482 6.615 7.028 6.844 5.834 5.049 5.334 5.127 5.348 4.919 4.542 Região Sul 23,3 20,1 22,5 22,8 24,0 23,2 19,6 16,8 17,6 16,8 17,4 15,9 14,6 Paraná 3.453 2.874 2.870 2.840 2.940 2.557 2.409 2.219 2.490 2.404 2.595 2.263 2.170 Paraná 31,9 26,3 26,1 25,6 26,3 22,7 21,2 19,3 21,5 20,7 22,2 19,3 18,4 Rio Grande do Sul 2.222 2.043 2.691 2.799 3.051 3.132 2.485 2.012 2.033 1.977 2.067 1.982 1.687 Rio Grande do Sul 20,3 18,6 24,4 25,3 27,5 28,1 22,3 18,0 18,1 17,6 18,4 17,7 15,0 Santa Catarina 912 828 921 976 1.037 1.155 940 818 811 746 686 674 685 Santa Catarina 13,9 12,4 13,6 14,2 14,8 16,2 12,9 11,0 10,8 9,7 8,8 8,5 8,5 Continua Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (1) A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em alguns casos, contabilizadas dentro dos homicídios dolosos, conforme notas explicativas). Sendo assim, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território. A categoria MVI só passou a ser calculada pelo FBSP a partir de 2013. Para o ano de 2012, o indicador foi calculado retroativamente a partir dos critérios informados pelas Unidades da Federação para a 9ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado em 2015. 24 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 TABELA 02 Série histórica das Mortes Violentas Intencionais (1) Brasil, Regiões e Unidades da Federação - 2012-2024 Brasil, Regiões e Unidades da Federação Mortes Violentas Intencionais - MVI Brasil, Regiões e Unidades da Federação Mortes Violentas Intencionais - MVI Ns. Absolutos Taxas por 100 mil habitantes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 Brasil 54.694 55.844 59.739 58.437 61.600 64.079 57.592 47.765 50.448 48.286 47.963 46.441 44.127 Brasil 27,7 28,0 29,7 28,9 30,2 31,2 27,9 23,0 24,1 23,0 22,7 21,9 20,8 Região Norte 5.833 5.899 6.270 6.720 7.425 7.873 8.074 6.477 5.758 6.460 6.388 5.946 5.174 Região Norte 35,2 35,1 36,8 39,0 42,6 44,7 45,4 36,0 31,7 35,4 34,7 32,1 27,7 Acre 189 212 213 212 371 531 417 319 322 192 237 214 179 Acre 23,9 26,4 26,1 25,6 44,4 62,9 49,0 37,2 37,3 22,1 27,2 24,4 20,3 Amapá 174 245 274 250 399 434 484 461 356 491 367 519 362 Amapá 24,4 33,8 37,2 33,5 52,7 56,7 62,6 59,1 45,3 62,1 46,1 64,9 45,1 Amazonas 1.160 985 1.201 1.447 1.189 1.285 1.234 1.172 1.121 1.672 1.531 1.406 1.173 Amazonas 31,6 26,4 31,6 37,5 30,4 32,4 30,7 28,8 27,2 40,2 36,5 33,2 27,4 Pará 3.401 3.536 3.611 3.772 4.207 4.527 4.720 3.497 2.876 2.964 3.018 2.745 2.560 Pará 43,2 44,4 44,9 46,4 51,3 54,7 56,6 41,6 34,0 34,8 35,2 31,9 29,5 Rondônia 515 495 540 542 586 506 431 402 413 475 551 455 455 Rondônia 31,8 30,3 32,7 32,5 34,9 29,9 25,3 23,5 24,0 27,5 31,8 26,1 26,1 Roraima 72 107 78 102 212 211 384 219 212 232 199 177 133 Roraima 14,6 21,1 15,0 19,1 38,7 37,4 65,4 35,4 33,1 35,4 29,6 25,5 18,6 Tocantins 322 319 353 395 461 379 404 407 458 434 485 430 312 Tocantins 22,6 22,1 24,2 26,8 31,0 25,3 26,7 26,7 29,8 28,0 31,1 27,4 19,8 Região Nordeste 20.724 22.274 23.737 23.500 24.814 27.288 23.474 18.190 22.147 20.964 20.198 19.973 19.326 Região Nordeste 38,2 40,8 43,2 42,6 44,7 49,0 41,9 32,3 39,2 37,0 35,5 35,1 33,8 Alagoas 2.171 2.273 2.201 1.808 1.878 1.926 1.499 1.095 1.249 1.138 1.187 1.210 1.141 Alagoas 68,9 71,9 69,4 56,8 58,9 60,3 46,8 34,1 38,9 35,4 36,9 37,6 35,4 Bahia 6.530 6.026 6.366 6.273 7.091 6.979 6.348 6.002 6.696 7.069 6.663 6.579 6.036 Bahia 45,7 42,0 44,2 43,4 48,8 47,9 43,4 40,8 45,4 47,8 45,0 44,4 40,6 Ceará 3.734 4.432 4.492 4.130 3.566 5.329 4.788 2.359 4.183 3.419 3.123 3.114 3.467 Ceará 43,2 50,9 51,3 46,8 40,2 59,7 53,3 26,1 46,0 37,4 34,1 33,9 37,5 Maranhão 1.666 1.782 2.158 2.280 2.342 2.058 1.779 1.562 2.041 2.024 1.900 1.897 2.129 Maranhão 24,8 26,4 31,8 33,4 34,1 29,9 25,7 22,5 29,3 29,0 27,2 27,1 30,4 Paraíba 1.540 1.537 1.513 1.502 1.324 1.286 1.210 942 1.166 1.061 1.090 1.064 1.060 Paraíba 39,9 39,6 38,7 38,2 33,5 32,3 30,2 23,3 28,7 26,0 26,5 25,8 25,6 Pernambuco 3.321 3.097 3.434 3.889 4.480 5.427 4.173 3.412 3.760 3.370 3.427 3.641 3.453 Pernambuco 36,7 34,0 37,5 42,2 48,4 58,3 44,6 36,3 39,8 35,6 36,1 38,3 36,2 Piauí 529 551 734 673 703 653 621 587 707 780 828 737 685 Piauí 16,5 17,1 22,7 20,7 21,5 19,9 18,8 17,7 21,2 23,3 24,7 21,9 20,3 Rio Grande do Norte 388 1.624 1.762 1.659 1.980 2.355 1.926 1.264 1.357 1.308 1.212 1.042 833 Rio Grande do Norte 11,9 49,6 53,4 49,9 59,2 70,1 57,1 37,3 39,8 38,3 35,4 30,3 24,2 Sergipe 845 952 1.077 1.286 1.450 1.275 1.130 967 988 795 768 689 522 Sergipe 39,7 44,4 49,8 58,9 66,0 57,6 50,7 43,1 43,8 35,1 33,8 30,2 22,8 Região Centro-Oeste 5.120 5.225 5.666 5.574 5.467 4.850 4.778 4.100 4.231 3.614 3.745 3.707 3.331 Região Centro-Oeste 34,6 34,9 37,3 36,2 35,0 30,7 29,9 25,3 25,8 21,8 22,4 21,9 19,5 Distrito Federal 871 743 767 694 659 557 505 461 425 351 321 311 266 Distrito Federal 32,2 27,2 27,7 24,8 23,3 19,5 17,6 15,9 14,5 11,9 10,9 10,5 8,9 Goiás 2.588 2.774 2.851 3.054 3.014 2.676 2.705 2.251 2.209 1.863 1.784 1.636 1.379 Goiás 40,7 43,1 43,6 46,1 44,8 39,3 39,3 32,3 31,3 26,1 24,8 22,5 18,8 Mato Grosso 1.047 1.130 1.402 1.226 1.172 1.053 978 906 990 889 1.072 1.159 1.142 Mato Grosso 33,0 35,1 42,8 36,8 34,7 30,7 28,0 25,5 27,4 24,2 28,8 30,7 29,8 Mato Grosso do Sul 614 578 646 600 622 564 590 482 607 511 568 601 544 Mato Grosso do Sul 24,1 22,4 24,7 22,6 23,2 20,8 21,5 17,4 21,6 18,0 19,9 20,9 18,7 Região Sudeste 16.430 16.701 17.584 16.028 16.866 17.224 15.432 13.949 12.978 12.121 12.284 11.896 11.754 Região Sudeste 19,6 19,8 20,7 18,7 19,6 19,9 17,7 16,0 14,8 13,8 13,9 13,5 13,3 Espírito Santo 1.736 1.641 1.626 1.462 1.308 1.508 1.187 1.064 1.206 1.170 1.126 1.096 980 Espírito Santo 46,7 43,7 42,9 38,1 33,8 38,6 30,1 26,8 30,1 29,0 27,8 26,9 23,9 Minas Gerais 4.125 4.240 4.421 4.360 4.370 4.136 3.216 2.829 2.708 2.523 2.936 3.050 3.214 Minas Gerais 20,5 21,0 21,7 21,3 21,2 20,0 15,5 13,5 12,9 11,9 13,9 14,4 15,1 Rio de Janeiro 4.241 5.348 5.719 5.010 6.262 6.749 6.714 5.980 4.907 4.762 4.485 4.270 3.809 Rio de Janeiro 25,4 31,8 33,9 29,5 36,7 39,5 39,2 34,8 28,5 27,7 26,1 24,8 22,1 São Paulo 6.328 5.472 5.818 5.196 4.926 4.831 4.315 4.076 4.157 3.666 3.737 3.480 3.751 São Paulo 14,7 12,6 13,3 11,8 11,1 10,8 9,6 9,0 9,1 8,0 8,2 7,6 8,2 Região Sul 6.587 5.745 6.482 6.615 7.028 6.844 5.834 5.049 5.334 5.127 5.348 4.919 4.542 Região Sul 23,3 20,1 22,5 22,8 24,0 23,2 19,6 16,8 17,6 16,8 17,4 15,9 14,6 Paraná 3.453 2.874 2.870 2.840 2.940 2.557 2.409 2.219 2.490 2.404 2.595 2.263 2.170 Paraná 31,9 26,3 26,1 25,6 26,3 22,7 21,2 19,3 21,5 20,7 22,2 19,3 18,4 Rio Grande do Sul 2.222 2.043 2.691 2.799 3.051 3.132 2.485 2.012 2.033 1.977 2.067 1.982 1.687 Rio Grande do Sul 20,3 18,6 24,4 25,3 27,5 28,1 22,3 18,0 18,1 17,6 18,4 17,7 15,0 Santa Catarina 912 828 921 976 1.037 1.155 940 818 811 746 686 674 685 Santa Catarina 13,9 12,4 13,6 14,2 14,8 16,2 12,9 11,0 10,8 9,7 8,8 8,5 8,5 Continua Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (1) A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em alguns casos, contabilizadas dentro dos homicídios dolosos, conforme notas explicativas). Sendo assim, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território. A categoria MVI só passou a ser calculada pelo FBSP a partir de 2013. Para o ano de 2012, o indicador foi calculado retroativamente a partir dos critérios informados pelas Unidades da Federação para a 9ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado em 2015. 25Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 Em 2024, o Brasil registrou 44.127 mortes violentas intencionais (MVI)1, com taxa de 20,8 por grupo de 100 mil habitantes - uma redução de 5,4% em relação ao ano anterior, quan- do a taxa foi de 21,9 por 100 mil. Esta é a menor taxa de MVI desde 2012. O gráfico abaixo apresenta a evolução da taxa de MVI entre 2012 e 2024, por região. No primeiro ano da série, a taxa nacional é de 27,7 mortes por 100 mil habitantes, com cres- cimento contínuo até 2017, quando atinge 31,2 por 100 mil — a maior taxa já registrada —, totalizando mais de 64 mil vítimas de mortes violentas em um único ano. Naquele período, um racha entre as duas maiores facções criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, desencadeou um conflito sangrento no sistema penitenciário. A violência rapidamente ultrapassou os muros dos presídios, espalhando-se pelas ruas, especialmente nos estados das regiões Norte e Nordeste. Em 2017, os estados do Nordeste registraram uma taxa média de MVI de 49,0 por 100 mil habitantes, enquanto, no ano seguinte, a taxa na região Norte atingiu 45,4 por 100 mil. 1 A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora (em alguns casos, contabilizadas dentro dos homicídios dolosos, conforme notas explicativas). Sendo assim, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território. Samira Bueno Diretora Executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Professora do Mestrado Profissional do IDP Renato Sérgio de Lima Diretor Presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Professor da FGV-EAESP Isabela Sobral Supervisora do Núcleo de Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Mestre em Administração Pública e Governo pela FGV EAESP Mortes Violentas Intencionais no Brasil em 2024 de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 26 Sumário GRÁFICO 01 Mortes Violentas Intencionais – Taxa por 100 mil habitantes Brasil e Regiões, 2012-2024 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 Brasil Região Norte Região Nordeste Região Centro-Oeste Região Sudeste Região Sul Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A partir de 2018, no entanto, o país inicia um ciclo virtuoso de redução das Mortes Violen- tas Intencionais (MVI), especialmente dos homicídios dolosos. A taxa nacional apresenta queda quase ininterrupta desde então, com exceção do ano de 2020. Considerando o período entre 2012 e 2024, a redução acumulada chega a 25%, com quedas registradas em todas as regiões do país: no Norte, a redução foi de 21,2%; no Nordeste, de 11,4%; no Centro-Oeste, de 43,7%; no Sudeste, de 32,4%; e no Sul, de 37,2%. As razões para essa queda nas taxas de violência letal já foram amplamente discutidas em edições anteriores deste Anuário (FBSP, 2024; 2023; 2022) e no Atlas da Violência, publicação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o IPEA. Dentre os fatores apontados, destacam-se a implementação de políticas públicas de segurança orientadas por evidências, com programas de gestão por resultados e iniciativas multis- setoriais de prevenção à violência; as mudanças demográficas pelas quais passa o país, com redução do número de adolescentes e jovens na população, grupo historicamente mais exposto à violência letal2; e políticas de controle de armas. Entre as experiências que associam o esforço de integração do trabalho policial com programas de prevenção focalizados, merecem destaque programas como o Paraíba Unida pela Paz e o Estado Presente, no Espírito Santo, lançados em 2011, além de iniciativas mais recentes, como as Usinas da Paz, no Pará, e o RS Seguro, no Rio Grande do Sul. 2 Na edição de 2022 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Lima et al calcularam, através da técnica de shift-share, que as mudanças demográficas teriam contribuído em 23% para a redução da taxa de homicídios no país entre 2004 e 2020. Disponível em: A frágil redução das mortes violentas intencionais no Brasil. Lima, Renato Sérgio de; Bueno, Samira; Sobral, Isabela; Jannuzzi, Paulo in Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ano 16, 2022. Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 27Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 Embora as políticas públicas de segurança tenham papel relevante na re- dução dos homicídios, outro fator que tem influenciado variações nas taxas de violência letal diz respeito às dinâmicas entre organizações crimino- sas. Conflitos e tréguas entre facções podem desencadear aumentos ou quedas abruptas nos índices de violência. Além disso, a consolidação de monopólios territoriais por grupos criminosos, como o PCC em São Paulo ou o Comando Vermelho em diversos estados da região Norte, tem contribuído para a redução dos con- frontos armados no cotidiano, impactando diretamente os níveis de letalidade. Apesar dessa tendência nacional de queda, a violência letal se manifesta de formas bas- tante distintas entre estados e regiões. O Sudeste, por exemplo, alcançou em 2024 a menor taxa de sua série histórica, com 13,3 mortes por 100 mil habitantes. Já o Nordeste registrou 33,8 mortes por 100 mil — um índice 155% superior à média da região Sudeste. GRÁFICO 02 Taxa de Mortes Violentas Intencionais (por 100 mil habitantes) Brasil e Regiões, 2024 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Brasil Região Norte Região Nordeste Região Centro-Oeste Região Sudeste Região Sul 20,8 27,7 33,8 19,5 13,3 14,6 Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No último ano, os estados com maiores taxas de mortalidade foram Amapá (45,1 por 100 mil), Bahia (40,6 por 100 mil), Ceará (37,5 por 100 mil), Pernambuco (36,2 por 100 mil) e Alagoas (35,4 por 100 mil), conforme o gráfico abaixo. Amapá, o estado mais violento do país no último ano, também apresentou a maior re- dução da violência letal no período, com recuo de 30,6% na taxa entre 2023 e 2024. O segundo estado com a maior redução da taxa de MVI foi Tocantins (-27,9%), seguido de Roraima (-27,1%), Sergipe (-24,5%) e Rio Grande do Norte (-20,3%). Conflitos e tréguas entre facções podem desencadear aumentos ou quedas abruptas nos índices de violência. 28 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 GRÁFICO 03 Taxa de Mortes Violentas Intencionais Brasil e Unidades da Federação, 2024 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 Amapá Bahia Ceará Pernambuco Alagoas Maranhão Mato Grosso Pará Amazonas Rondônia Paraíba Rio Grande do Norte Espírito Santo Sergipe Rio de Janeiro Acre Piauí Tocantins Goiás Mato Grosso do Sul Roraima Paraná Minas Gerais Rio Grande do Sul Distrito Federal Santa Catarina São Paulo Brasil 45,1 40,6 37,5 36,2 35,4 30,4 29,8 29,5 27,4 26,1 25,6 24,2 23,9 22,8 22,1 20,3 20,3 19,8 18,8 18,7 18,6 18,4 15,1 15,0 8,9 8,5 8,2 20,8 Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apenas quatro estados registraram aumento na taxa de mortalidade por Mortes Violentas Intencionais (MVI) em 2024: Maranhão (+12,1%), Ceará (+10,9%), São Paulo (+7,5%) e Minas Gerais (+5%). Santa Catarina manteve-se estável, enquanto as demais 22 unidades da Federação apresentaram redução nas taxas de violência letal. O Maranhão foi o estado com o maior crescimento percentual, impulsionado por aumen- tos nos homicídios dolosos, latrocínios e nas mortes decorrentes de intervenção policial. No Ceará, o crescimento foi generalizado, com alta em todos os componentes da MVI: homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais em serviço ou em decorrência de latrocínio, além de mortes por intervenção policial. Em São Paulo, o aumento da letalidade foi puxado pelos latrocínios, pelas lesões cor- porais seguidas de morte, pelas mortes de policiais (por homicídio ou latrocínio) e pelas 29Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 mortes decorrentes de intervenções policiais. Já em Minas Gerais, o crescimento concen- trou-se nos homicídios dolosos e nas mortes por intervenção policial. Apesar do crescimento da violência letal em São Paulo e Minas Gerais, estes permanecem entre as UFs com menores taxas de MVI do país. A menor taxa foi verificada em São Paulo, com 8,2 mortes por grupo de 100 mil, seguido de Santa Catarina, com 8,5 mortes por 100 mil; Distrito Federal, com 8,9 mortes por 100 mil, Rio Grande do Sul, com 15,0 mortes por 100 mil e Minas Gerais, com 15,1 mortes por 100 mil. Assim, as regiões sul e sudeste se consolidam como aquelas que concen- tram as menores taxas de mortes violentas intencionais do país, ao passo que as regiões Nordeste (33,8 por 100 mil) e Norte (27,7 por 100 mil) per- manecem como as mais violentas. PADRÕES DE USO LETAL DA FORÇA PELAS POLÍCIAS BRASILEIRAS Outro dado relevante tem relação com a participação das polícias nas mortes violentas intencio- nais do país. Na média Brasil, em 2023, as Mortes Decorrentes de Intervenção Policial correspon- diam a 13,8% do total de Mortes Violentas Intencionais. Em 2024, esse percentual teve leve alta, atingindo 14,1%. No entanto, é no contexto subnacional que essa informação ganha destaque e revela, ao menos, três grupos de padrões de uso da força letal pelas polícias no país. GRÁFICO 04 Participação Percentual das Mortes por Intervenção Policial no total das MVI, por Faixa de Letalidade Brasil e Unidades da Federação, 2023 e 2024 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Bra sil RO PE MA AM RR PI PB CE AC DF MG AL ES RS RN SC MS TO PR RJ MT SP PA BA GO SE AP 13, 8 2,0 3,2 3,3 4,2 7,3 3,4 6,5 4,6 7,0 8,7 4,5 5,5 5,9 7,8 8,8 11, 7 21, 8 10, 0 15, 1 20 ,4 19, 2 14, 5 19, 6 25 ,8 31, 6 33 ,2 35 ,3 2023 2024 14, 1 1,8 2,0 3,6 3,7 3,8 4,4 5,2 5,5 5,6 5,6 6,2 6,6 8,0 8,7 10, 0 11, 5 15, 8 16, 0 18, 4 18, 5 18, 7 21, 7 23 ,7 25 ,8 27, 0 27, 8 37, 8 FAIXA 1 - UF COM ATÉ 10% DAS MVI DECORRENTES DE INTERVENÇÕES POLICIAIS FAIXA 2 - UF ENTRE 10,1% E 20% DAS MVI DECORRENTES DE INTERVENÇÕES POLICIAIS FAIXA 3 - UF COM MAIS DE 20,1% DAS MVI DECORRENTES DE INTERVENÇÕES POLICIAIS Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Assim, as regiões sul e sudeste se consolidam como aquelas que concentram as menores taxas de mortes violentas intencionais do país, ao passo que as regiões Nordeste e Norte permanecem como as mais violentas. 30 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 O primeiro grupo é composto por 15 Unidades da Federação cujas polícias respondem por menos de 10% do total das Mortes Violentas Intencionais. Nesse grupo, destacam-se Rorai- ma, Pernambuco e Distrito Federal, que reduziram as Mortes Decorrentes de Intervenções Policiais no total das MVI em 48,8%, 39,2% e 35,0%, respectivamente. Em sentido contrário e que acende um sinal de alerta, dez dessas Unidades da Federação observaram cresci- mento no padrão de letalidade policial entre 2023 e 2024 (MA, PI, CE, MG, AL, ES, RS e RN). Minas Gerais, que sempre foi um estado que se notabilizava por polícias que geravam poucas mortes, liderou esse subconjunto de Unidades da Federação, com um aumento de 38,5% na proporção de mortes provocadas pelas polícias em apenas um ano. Um segundo grupo de Unidades da Federação é aquele em que a proporção de mortes decorrente de intervenções policiais está na faixa entre 10,1% e 20% das MVI, revelando um patamar acima no padrão de uso letal da força pelas polícias. São seis os estados situados nesta faixa de letalidade (SC, MS, TO, PR, RJ e MT). Nesse grupo, Tocantins e Mato Grosso do Sul chamam atenção por estarem em polos muito opostos. Em 2023, as mortes pela polícia em Tocantins representavam 10% do total das MVI deste estado. Já em 2024, essa proporção salta para 16% do total das MVI, em um crescimento acentuado de 60% nestas ocorrências. Já no Mato Grosso do Sul, a letalidade policial caiu 27,5% no mesmo período. Também é válido mencionar o Rio de Janeiro, que em 2023 estava em um patamar que o colocaria no terceiro grupo de padrão de uso letal da força, que reúne os estados com as maiores proporções de mortes decorrentes de intervenção policial em relação ao total das MVI (em 2023, a letalidade policial respondia por 20,4% do total de MVI). Porém, em um movimento positivo que pode ser associado aos efeitos das medidas cautelares de monitoramento e supervisão da atividade policial que foram adotadas no âmbito da ADPF 635, julgada em fevereiro de 2025 pelo STF, o Rio de Janeiro conseguiu reduzir sua letalidade policial em 9,5% e, em 2024, 18,5% das MVI do estado correspon- diam às mortes pela polícia. Por fim, o terceiro grupo de Unidades da Federação é composto por seis estados que, como já foi dito, possuem uma proporção de mortes decorrentes por intervenção policial superior a 20,1% das MVI e que, por isso, revelam um padrão de letalidade policial bem mais alto e explicitam opções político-institucionais que colocam a letalidade policial como uma variável significativa do movimento das Mortes Violentas Intencionais. São eles: São Paulo, Pará, Bahia, Goiás, Sergipe e Amapá. São Paulo e Pará estavam no grupo 2 de padrão de uso letal da força em 2023 e, em um ano, observaram crescimento na proporção de mortes pela polícia em relação ao total das MVI e ambos migraram para a faixa 3, supe- rando o limite de 20,1% do total de mortes. O caso paulista é o mais expres- sivo pois, entre 2023 e 2024, houve aumento de 61% na taxa de vítimas de intervenções policiais. Goiás e Sergipe, que são estados onde as mortes pela polícia respondem, his- O caso paulista é o mais expressivo pois, entre 2023 e 2024, houve aumento de 61% na taxa de vítimas de intervenções policiais. 31Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 toricamente, por cerca de 1/3 do total das MVI continuam nesse grupo. Todavia, nos dois estados, houve redução na proporção de MDIP no total das MVI. Em Goiás, o percentual de MDIP nas MVI caiu de 31,6% em 2023, para 27% em 2024. E, em Sergipe, a letalidade policial respondia por 33,2% das MVI em 2023 e, em 2024, por 27,8%. Agora, não obstante as mudanças nas dinâmicas da criminalidade que esta edição do Anuário traz, Amapá e Bahia mantiveram a proporção de Mortes Decorrentes de Inter- venção Policial no total das Mortes Violentas Intencionais quase a mesma em 2023 e 2024, em um sinal da dificuldade que esses estados têm em mudar suas opções político-institucionais de uso letal da força. No Amapá, em 2023, a letalidade policial correspondia a 35,3% das MVI; e 37,8% em 2024. Já na Bahia, essa proporção foi exatamente a mesma em 2023 e 2024, com 25,8% do total de MVI compostos pelas mortes decorrentes de intervenção policial. Em suma, observa-se que, embora o país esteja diante de redução dos homicídios e latrocínios, a letalidade provocada por agentes do Estado permanece elevada em várias polícias do país, à esquerda ou à direita do espectro político. Essa dificuldade no controle do usa força letal no bojo das corpo- rações policiais está, em certa medida, relacionada a culturas organizacionais há muito arraigadas nos padrões operacionais, mas é, em última instância, uma decisão política e institucional das lideranças políticas. MUNICÍPIOS MAIS VIOLENTOS DO PAÍS (COM POPULAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 100 MIL HABITANTES) A análise da violência no nível local revela dinâmicas muito particulares da violência le- tal no Brasil. O primeiro dado a ser destacado é que no ranking das dez cidades com maiores taxas de MVI, todas são municípios da região Nordeste e estão distribuídas nos estados da Bahia (cinco), Ceará (três), e Pernambuco (duas). De modo geral, todas as cidades que compõem o ranking apresentam elevados níveis de violência letal associados a disputas entre facções do crime organizado pelo controle do tráfico de drogas. Esses conflitos têm resultado em confrontos sangrentos, com predomi- nância de vítimas jovens, do sexo masculino, via de regra negros e moradores de áreas periféricas. Por outro lado, chama atenção o papel desempenhado pelas forças policiais nesses contextos. Enquanto nos estados de Pernambuco e Ceará a participação policial nas Mortes Violentas Intencionais (MVI) é relativamente baixa — em Maranguape, por exemplo, apenas 2% das MVI registradas tiveram envolvimento de agentes do Estado; em Cabo de Santo Agostinho, esse percentual foi de 3% —, os municípios da Bahia apresentam índices Embora o país esteja diante de redução dos homicídios e latrocínios, a letalidade provocada por agentes do Estado permanece elevada em várias polícias do país, à esquerda ou à direita do espectro político. 32 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 significativamente mais altos de letalidade policial. Em Jequié, um em cada três homicídios foi de autoria de policial; em Simões Filho, a proporção foi de um em cada quatro casos. QUADRO 01 Rankings dos dez municípios com maiores taxas de Mortes Violentas Intencionais (cidades com população igual ou superior a 100 mil habitantes) 2024 Posição Município UF Mortes Violentas Intencionais Morte decorrente de intervenção policial Proporção MDIP em relação às MVI Taxa N. Abs. N. Abs. 1 Maranguape CE 79,9 87 2 2% 2 Jequié BA 77,6 131 44 34% 3 Juazeiro BA 76,2 194 42 22% 4 Camaçari BA 74,8 239 40 17% 5 Cabo de Santo Agostinho PE 73,3 159 4 3% 6 São Lourenço da Mata PE 73,0 86 1 1% 7 Simões Filho BA 71,4 86 22 26% 8 Caucaia CE 68,7 258 9 3% 9 Maracanaú CE 68,5 171 5 3% 10 Feira de Santana BA 65,2 429 68 16% Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Ministério Público do Acre; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; Polícia Militar do Estado de Mato Grosso; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A cidade mais violenta do país no último ano foi Maranguape (CE), região metropolita- na de Fortaleza. Em 2023 o município, que possui pouco mais de 108 mil habitantes, aparecia no oitavo lugar no ranking com o registro de 78 vítimas de MVI. Com crescimento de 11,5% no número de vítimas, a cidade contabilizou 87 mortes em 2024, atingindo taxa de 79,9 mortes por grupo de 100 mil ha- bitantes. Assim como outras cidades do Ceará, o território é palco de uma disputa sangrenta entre duas facções criminosas, o Comando Vermelho (CV) e os Guardiões do Estado (GDE). Jequié, na Bahia, antes em terceiro lugar no ranking das cidades mais violentas do país, assumiu o segundo lugar, com taxa de mortalidade de 77,6 por 100 mil habitantes. Embora tenha apresentado uma redução de 2,2% no número de mortes violentas intencionais entre 2023 e 2024, passando de 134 para 131 vítimas, a cidade permanece como uma das mais violentas do país. O município consta ainda do ranking das maiores taxas de letalidade policial: das 131 MVI registradas no último ano, 44 foram provocadas pelas polícias Militar e Civil, ou seja, 1 em cada 3 mortes na cidade foram provocadas por agentes estatais. O terceiro lugar do ranking é do município de Juazeiro, também na Bahia, que viu o nú- mero de mortes violentas intencionais crescer 9,6% no último ano e chegar a 194 vítimas, taxa de 76,2 por 100 mil. Com pouco mais de 250 mil habitantes, Juazeiro fica a mais de A cidade mais violenta do país no último ano foi Maranguape (CE), região metropolitana de Fortaleza, com taxa de 79,9 mortes por 100 mil habitantes. 33Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 500km de distância da capital, e reflete a interiorização da violência que tomou o Estado, em grande medida pela expansão de grupos criminosos. Na cidade atuam ao menos duas facções que operam o narcotráfico segundo reportagens de imprensa: o Bonde dos Malucos (BDM) e uma dissidência deste grupo intitulada “Honda”34. Na quarta posição entre as cidades mais violentas do país está Camaçari (BA), localiza- da na região metropolitana de Salvador. A cidade, que aparecera em segundo lugar no ranking do ano anterior, apresentou redução de 12,1% no número de vítimas de MVI, pas- sando de 272 mortos em 2023 para 239 em 2024. Apesar da melhora, a taxa se mantém elevada, com 74,8 mortes por 100 mil. Em quinto lugar no ranking está a cidade de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, que assistiu o número de vítimas de MVI crescer 16,1% e chegar a 159 mortos em 2024. Com taxa de 73,3 mortes por 100 mil habitantes, a cidade do Grande Recife sofre com a atuação de facções atuantes no narcotráfico e é disputada há anos pela Comando Lito- ral5 (antigamente chamada de Trem Bala). Em sexto lugar, também na Grande Recife, está o município de São Lourenço da Mata, que viu o número de mortes violentas intencionais crescer 24,6% no último ano, che- gando a 86 vítimas. A cidade tem figurado em reportagens de imprensa como local de disputas pelo controle do tráfico de drogas6. Em sétimo lugar no ranking das cidades mais violentas do país está Simões Filho, na Bahia. O município que figura há anos entre os mais violentos do país tem sido alvo de disputas entre grupos criminosos como Bonde dos Malucos (BDM) e Comando Vermelho. Em oitavo e nono lugar estão municípios cearenses localizados na região metropolitana de Fortaleza. Caucaia, que teve crescimento de 8,9% no número de vítimas de MVI, vem sendo disputado por ao menos três grupos criminosos: o GDE, o Comando Vermelho e os Neutros e/ou Tudo Neutros (TDN), também conhecidos como Massa. O último grupo sur- giu como uma dissidência do Comando Vermelho em meados de 2021 e tem se mostrado extremamente violento. Em nono lugar está a cidade de Maracanaú, que também sofre com o conflito entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas e vem sendo objeto de disputas entre o Comando Vermelho e o GDE7. 3 Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com.br/policia/2025-02-23/faccao-usa-marca-famosa-de-carro-para-matar--diz-site.html. Acesso em 11 de julho de 2025. 4 Disponível em: https://www.correio24horas.com.br/bahia/lider-da-honda-e-homicida-quem-sao-os-traficantes-transferidos-por-co- mandar-faccoes-de-presidio-0525. Acesso em 11 de julho de 2025. 5 Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2024/09/drogas-armas-e-muita-violencia-documentos- -mostram-pela-primeira-vez.html. Acesso em 11 de julho de 2025. 6 Disponível em: https://tribunaonline.com.br/pernambuco/policia/shrek-e-tropa-da-nova-lideres-de-faccao-sao-presos-apos-dispu- ta-sangrenta-201926?home=esp%C3%ADrito+santo. Acesso em 11 de julho de 2025. 7 Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/maracanau/2023/12/16/maracanau-por-exclusividade-no-trafico-grupos- -criam-guerra-e-mortes-crescem.html. Acesso em 11 de julho de 2025. 34 Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 https://ultimosegundo.ig.com.br/policia/2025-02-23/faccao-usa-marca-famosa-de-carro-para-matar--diz-site.html https://www.correio24horas.com.br/bahia/lider-da-honda-e-homicida-quem-sao-os-traficantes-transferidos-por-comandar-faccoes-de-presidio-0525 https://www.correio24horas.com.br/bahia/lider-da-honda-e-homicida-quem-sao-os-traficantes-transferidos-por-comandar-faccoes-de-presidio-0525 https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2024/09/drogas-armas-e-muita-violencia-documentos-mostram-pela-primeira-vez.html https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2024/09/drogas-armas-e-muita-violencia-documentos-mostram-pela-primeira-vez.html https://tribunaonline.com.br/pernambuco/policia/shrek-e-tropa-da-nova-lideres-de-faccao-sao-presos-apos-disputa-sangrenta-201926?home=esp%C3%ADrito+santo https://tribunaonline.com.br/pernambuco/policia/shrek-e-tropa-da-nova-lideres-de-faccao-sao-presos-apos-disputa-sangrenta-201926?home=esp%C3%ADrito+santo https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/maracanau/2023/12/16/maracanau-por-exclusividade-no-trafico-grupos-criam-guerra-e-mortes-crescem.html https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/maracanau/2023/12/16/maracanau-por-exclusividade-no-trafico-grupos-criam-guerra-e-mortes-crescem.html Em décimo lugar encontra-se a cidade de Feira de Santana, na Bahia, que no ranking anterior ocupava a sexta posição. A cidade apresentou redução de 6,5% no número de vítimas de mortes violentas intencionais, mas segue com taxa elevada, de 65,2 mortes por 100 mil. Em junho deste ano, uma liderança do narcotráfico vinculada à facção Bonde dos Malucos foi presa em São Paulo em uma operação conjunta da FICCO8, evidência dos vínculos entre a organização criminosa local e o PCC. QUEM MORRE E COMO MORRE NO BRASIL Embora o Brasil esteja diante de uma redução significativa da violência letal desde 2018, a análise do perfil das vítimas não demonstra variações ao longo dos anos. A análise dos boletins de ocorrência de todas as mortes violentas intencionais registradas pelas Polícias Civis das 27 UFs demonstra que, em 2024, 91,1% dos mortos eram do sexo mas- culino, com variações de acordo com a natureza do BO: enquanto entre as vítimas de ho- micídio doloso, 89,7% eram homens, entre as vítimas de intervenções policiais as vítimas do sexo masculino compõem 99,2% do total. GRÁFICO 05 Distribuição das MVI por sexo e categoria de registro (em %) Brasil, 2024 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 MVI Homicídio doloso Latrocínio Lesão corporal seguida de morte Morte decorrente de intervenção policial Feminino Masculino 8,9 10,3 10,4 9,0 0,8 91,1 89,7 89,6 91,0 99,2 Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP). Em relação ao perfil étnico-racial das vítimas, chama a atenção como a distribuição de raça/cor muda de acordo com cada natureza do boletim de ocorrência (BO). Se em mé- dia 79% das vítimas são negras (pretas e pardas), entre as vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte), 60,8% são negros e 38,5% de brancos, a maior proporção de brancos entre as naturezas analisadas. Já nas mortes em decorrência de intervenções policiais os negros representam 82% das vítimas e brancos somam apenas 17,6%. 8 Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/sp/lider-da-faccao-bonde-do-maluco-e-preso-em-sao-paulo/. Aces- so em 11 de julho de 2025. 35Sumário de Segurança Pública Anuário Brasileiro 2025 https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/sp/lider-da-faccao-bonde-do-maluco-e-preso-em-sao-paulo/ GRÁFICO 06 Distribuição das MVI por raça/cor e categoria de registro (em %) Brasil, 2024 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 MVI Homicídio doloso Latrocínio Lesão corporal seguida de morte Morte decorrente de intervenção policial Amarela Branca Indígena Negra 20,5 20,3 38,5 28,5 17,6 79,0 79,2 60,8 71,0 82,0 Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP). No recorte por idade, observa-se que 48,5% das vítimas de Mortes Violentas Intencionais (MVI) em 2024 eram jovens de até 29 anos. Embora ainda representem uma parcela expressiva, a proporção de jovens entre as vítimas da violência letal vem diminuindo de forma contínua no Brasil, um fenômeno que pode estar parcialmente relacionado às transformações demográficas, mas que certamente demanda análises mais aprofundadas por parte de pesquisadores e gestores públicos. Em 2019, por exemplo, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontava que 51,4% das vítimas tinham até 29 anos. Dados do Sistema